artigo atualizado: hora original 23:44, 30-11-2017

SIGA AQUI EM DIRETO O SORTEIO, A PARTIR DAS 15h

É o que falta para podermos entrar em modo Mundial. O sorteio da fase final, a partir das 15h desta sexta-feira, vai definir os grupos e lançar os dados. Para as 32 seleções finalistas, entre elas Portugal, e para os adeptos.

Portugal, campeão da Europa e terceiro do «ranking» da FIFA em outubro, que definiu a hierarquia para o sorteio, é cabeça de série, ao lado da Rússia, como anfitriã, da Alemanha, Brasil, Argentina, Bélgica, Polónia e França. Essas são as seleções que garantidamente evitará.

De resto, pode calhar com mais uma seleção europeia, apenas mais uma, e duas (ou três) seleções de outros tantos continentes. A regra é de separação geográfica, sem repetir países da mesma Confederação, a exceção é a Europa, que tem mais equipas qualificadas do que os oito grupos. Ainda assim, nunca poderá haver mais que duas seleções europeias juntas no grupo.

Entre os potenciais adversários europeus estão seleções como a Espanha, Inglaterra ou Suíça. E depois há Colômbia, Uruguai, México ou Peru, todos no Pote 2.

Os potes:

E o que seria melhor para Portugal? Boa pergunta. A questão é a de sempre, se um grupo de equipas teoricamente mais ou menos fortes. Não há uma regra, como lembrava ainda agora, já em Moscovo, Fernando Santos, quando recordou o grupo de Portugal no Euro 2016. Islândia, Áustria e Hungria e Portugal safou-se no limite, com três empates. E depois disso foi campeão da Europa.

Portugal tem seis presenças em fases finais do Mundial. A melhor classificação foi a primeira, terceiro lugar em 1966, seguida do quarto lugar em 2006. Apenas passou a fase de grupos uma vez mais: na África do Sul, em 2010, quando caiu nos quartos de final. Em 1986, 2002 e por fim 2014 fez apenas os primeiros três jogos.

Em 1966 tinha como adversários de grupo Hungria, Bulgária e Brasil. Ganhou os três jogos e passou em primeiro. Em 1986 eram Inglaterra, Polónia e Marrocos. Depois de vencer a abrir o adversário de maior nomeada, a seleção britânica, e no meio do caos de Saltillo, perdeu os dois jogos seguintes e ficou por ali.

Portugal só voltou a uma fase final do Campeonato do Mundo em 2002. Desde aí nunca mais deixou de estar presente, mas a Coreia do Sul e o Japão não deixam boas memórias. Estados Unidos, Polónia e a Coreia do Sul, mesmo sendo anfitrião, alimentaram expectativas. Mas derrota a abrir com os norte-americanos comprometeu o futuro. A goleada à Polónia reavivou a esperança, mas Portugal deitou tudo a perder na última jornada com a Coreia.

Em 2006 o grupo parecia acessível, com Angola, Irão e México. E foi. Portugal venceu os três jogos da fase de grupos e avançou até à meia-final, perdida para a França. A derrota com a Alemanha no jogo de consolação ditou o quarto lugar final.

A Seleção Nacional passou também em 2010, com um grupo bem mais «high profile», que tinha Brasil, Costa do Marfim e Coreia do Norte. Este foi o único adversário a quem ganhou, mas os nulos nos outros dois jogos acabaram por ser suficientes. Portugal caiu nos oitavos, frente à Espanha.

Depois, 2014. Um grupo com uma seleção claramente forte, a Alemanha, depois os Estados Unidos, de novo, e o Gana. A goleada sofrida frente à «Mannschaft» a abrir não ajudou, mas foram os empates com o Gana e por fim EUA que ditaram o adeus português.

A partir desta sexta-feira será possível começar a desenhar cenários mais concretos. E planear o Mundial. Que se joga de 14 de junho a 15 de julho de 2018, começa e acaba em Moscovo e passa por 12 estádios. O calendário, para começar a dar uma ideia

Quanto à organização, e numa semana em que o New York Times avançou com a informação de que a FIFA está com dificuldades com os patrocinadores para o Mundial, estando longe de preencher os números de sponsorização que definiu, a organização apresentou números entusiastas de bilhetes.

Já houve uma primeira fase de vendas e a FIFA anunciou que já foram vendidos mais de 720 mil, mas a partir de 5 de dezembro o processo será reaberto. Os bilhetes estão com preços mais altos do que para o Mundial 2014, sobretudo nas categorias mais caras: o mais dispendioso para o jogo de abertura, por exemplo, é de 550 dólares, contra 495 há quatro aos. Na tabela que se segue a Categoria 4 é reservada exclusivamente a residentes na Rússia e os valores estão em rublos.