Um grupo de trabalho da FIFA está em Marrocos a avaliar a candidatura à organização do Campeonato do Mundo de 2026, porém, segundo noticia a Associated Press, a proposta pode esbarrar num problema político: o de a homossexualidade ser considerada crime naquele país do norte de África.

De acordo com a agência de notícias, no dossier de candidatura, de 483 páginas, Marrocos não apresentou intenção de revogar a lei anti-LGBT, o que pode violar as exigências de respeito pelos direitos humanos.

«Marrocos ocultou deliberadamente no relatório sobre direitos humanos que enviou para FIFA a lei que criminaliza a homossexualidade (...) Se o país receber o Mundial, as pessoas LGBT serão alvo de descriminação e não terão a proteção do estado marroquino», disse à AP, Ahmed El Haij, presidente da Associação Marroquina de Direitos Humanos.

Segundo o código penal do país, atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são puníveis com penas de seis meses a três anos de prisão.