A seleção portuguesa de râguebi estreou-se no Campeonato do Mundo que está a decorrer em França com uma derrota diante do País de Gales (28-8) e, no final do jogo, o selecionador Patrice Lagisquet declarou-se «frustrado».

«Estou frustrado, porque demos algumas ofertas na primeira parte e não conseguimos jogar o râguebi a que estamos habituados. Na segunda parte, mostrámos um pouco a cara, mas faltou-nos um bocadinho de sorte. Estamos orgulhosos, claro, mas sabíamos que não íamos desapontar. Esta é uma equipa altruísta, que me surpreende desde o primeiro dia em que a comecei a treinar. É uma equipa cheia de virtudes», destacou o selecionador de Portugal em conferência de imprensa.

Apesar de tudo, Portugal perdeu por uma diferença curta, face ao claro favoritismo do adversário para este jogo. «Para ser sincero, esperava que fosse ainda mais nivelado. Se o Samuel [Marques] não tivesse tido problemas num gémeo, as coisas poderiam ter sido diferentes. Chegámos a sonhar. As nossas esperanças podiam ter estado vivas durante os 80 minutos. Para uma nação como Portugal neste Mundial, dizer que complicámos a vida ao País de Gales é agradável de se dizer», comentou.

Lagisquet defende que Portugal tem de ser mais paciente nestes jogos. «Faltou-nos um pouco de clarividência nalgumas ações. Quando conseguimos superar a linha defensiva, não conseguimos finalizar. Temos de ser mais pacientes. O ponto forte dos nossos jogadores é o entusiasmo, mas, de certa forma, é também o ponto fraco e precisamos de crescer», destacou.

No final do jogo, o selecionador acabou por dar os «parabéns» aos jogadores pela exibição neste primeiro jogo. «Dei-lhes os parabéns pelo comportamento em campo. Claro que temos de tentar ir um pouco mais longe, mas sei que eles têm potencial para dar um pouco mais, serem um pouco melhores», referiu ainda.

Tomás Appleto, capitão de Portugal, destacou o apoio dos adeptos portugueses. «Estamos orgulhosos, especialmente por termos tantos adeptos a apoiar-nos. Mais orgulhosos do ambiente e do que construímos nos últimos dois anos, mas não conseguimos o resultado que queríamos. Cometemos demasiados erros e isso, a este nível, paga-se caro, por isso temos muitas coisas para corrigir», destacou.