A avançada da Seleção Nacional, Kika Nazareth, em declarações na zona mista após a derrota frente aos Países Baixos (1-0), na estreia de Portugal no Mundial Feminino:

«O golo foi cedo e tornou as coisas ainda mais intensas, no mau sentido. As nossas cabeças começam de um lado para o outro. Eu própria tenho este lado, quando entro para um jogo que não está favorável para o nosso lado, entro a pensar que vou resolver e quero resolver. Não correu bem, mas, se tivéssemos ganho, a fase de grupos não estava garantida, como perdemos, a fase de grupos também não está perdida.

Temos mais dois jogos pela frente. É um Campeonato do Mundo, não pode haver favoritos. A Holanda [Países Baixos] tem mais nome, era favorita, mas mostrámos o nosso trabalho, pusemo-las a perder tempo. Jogámos à Portugal, com personalidade. Agora, há que olhar para os erros que cometemos, temos muito para crescer, muito mais para mostrar e temos mais do que tempo para prová-lo.

É a nossa estreia, não quero passar como coitadinha. Se somos uma equipa de Campeonato do Mundo para umas coisas, temos de ser também para outras. Se estamos aqui é para jogar desde o primeiro minuto com personalidade e à Portugal. No outro lado, estava uma equipa muito mais experiente. É a nossa estreia, mas é pegar nestes 13 minutos mal entrados… Não quero dizer que foram perdidos porque entrámos à Portugal, entrámos para vencer, mas [o golo sofrido] foi numa bola parada e os detalhes, muitas vezes, fazem a diferença. De resto, o perigo que elas criaram não foi extraordinário. Claro que tiveram muito boas bolas, mas foi um jogo mais do que equilibrado, foi renhido. Foi um jogo à Campeonato do Mundo.

Mais do que bem ou mal fisicamente, sinto-me feliz. Fisicamente estou bem, caso contrário não estaria aqui, não seria opção. Sou diferente, se calhar, de umas que são mais fortes fisicamente, eu tenho sempre estas fragilidades, mas o que tenho a menos numas coisas, se calhar ganho noutras. Mas estou bem, estou no Campeonato do Mundo, tenho de estar bem.»