Poucas vezes a glória e a dor terão andado tão próximas. Tão cruelmente próximas.

Desportivamente, Olga Carmona terá atingido o pico da carreira neste domingo, ao marcar o golo que deu o primeiro título mundial feminino a Espanha. Mas depois, no meio da festa, no êxtase de um momento histórico, foi informada de que o pai tinha morrida na véspera.

Olga até tinha dedicado o golo a uma das melhores amigas, que perdeu recentemente a mãe, mas a glória mundial já teria uma inspiração adicional, na visão da própria, apanhada numa tempestade emocional sem comparação.

«E sem sabê-lo, já tinha a minha estrela antes de começar o jogo», escreveu Olga Carmona nas redes sociais.

«Sei que me deste força para conseguir algo único. Sei que me estiveste a ver, esta noite, e que estarás orgulhoso de mim. Descansa em paz, papá», acrescentou a autora do golo que deu o título mundial à seleção espanhola, frente a Inglaterra, e que já tinha apontado o golo da vitória nas meias-finais, diante da Suécia.