A África do Sul tornou-se uma imensa festa. O Mundial chegou em força e encheu o país de barulho, dança e cor. Os quatro cantos do país viveram o jogo inaugural em celebração, que era possível sentir até na província. O Maisfutebol seguiu a estreia entre 20 mil sul-africanos, bem perto da zona onde Portugal estagia.

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Na pequena Krugersdorp, a poucos quilómetros de Magaliesburgo, num enorme descampado, uma multidão vestiu as cores da selecção sul-africana e saiu para a rua para assistir ao jogo da selecção. Mais do que a vitória da equipa, procuravam festejar o início de uma competição que, dizem, vai mudar a imagem do país.

«Este Mundial é muito bom, é uma forma de mostrar ao Mundo que a África do Sul não é só violência e crime, também tem muitas coisas boas», garante Portia, uma jovem que ainda não terá completado vinte anos e que com mais quatro amigas não pára de dançar o tempo todo. É isso que a África do Sul quer: festejar.

Por todo o espaço há vuvuzelas, bandeiras, caras pintadas, até perucas coloridas. «É uma grande conquista para a África do Sul. Isso explica a força e o ânimo destas pessoas todas», acrescenta Tandy, uma sul-africana mais velha, que vê o jogo com a filha e que confessa logo não perceber «nada de futebol».

A quase duas horas de Joanesburgo, numa zona pobre e marcadamente rural, há a preocupação de fazer do Mundial 2010 um grande momento. «A África do Sul quer receber bem a humanidade no seu regresso a casa. Foi aqui que tudo começou. As pessoas têm de se sentir bem neste país», acrescenta Jeffrey.

«É uma coisa fenomenal, unifica-nos. Este país está diferente, está excitante. É um sonho tornado realidade e é isso que queremos que o Mundo veja», adianta, ele que sente ser possível até celebrar o título mundial. «No futebol manda a bola e tudo pode acontecer. Com este apoio, até podemos ser campeões.»

A caminhada não começou bem: um empate com o México. Mas os sul-africanos não desanimam. Têm um mês vibrante pela frente até 11 de Julho. Para já prometem voltar a reunir-se quarta-feira naquele mesmo descampado, para mais umas quantas horas de festa. Outra vez aos milhares, com a festa dentro deles.

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