A polícia sul-africana deteve quatro elementos, suspeitos do assalto a jornalistas portugueses na passada terça-feira, enquanto dormiam num dos hotéis da zona de Magaliesburgo. Grande parte do material furtado terá sido recuperado, incluindo um passaporte.

O Brigadeiro Mariemuthoo, porta-voz da polícia de Gauteng, não quis confirmar os rumores que indicavam que um dos assaltantes era nigeriano, e outro originário do Zimbabué. Limitou-se a adiantar que os suspeitos estão entre os 30 e os 40 anos de idade. As detenções foram efectuadas junto a Magaliesburgo e zonas próximas, num raio de 200 quilómetros, referiu a fonte policial, que não descarta a hipótese de encontrar mais suspeitos. Os jornalistas serão, em breve, chamados para identificar os suspeitos, que devem ir a tribunal dentro de um ou dois dias.

A polícia de Gauteng garantiu ainda que reforçou a patrulha junto a Magaliesburg, medida que manterá até à despedida da selecção portuguesa. O Brigadeiro Mariemuthoo lamentou o incidente, referindo que tinha sido o primeiro em quinze anos, naquele hotel, mas deixou uma declaração que é elucidativa da realidade sul-africana: «Já existia crime antes do Mundial, vai existir durante o Mundial e vai continuar a existir depois.»

Na conferência de imprensa, realizada na Bekker School, esteve também Dinis Adrião, o luso-descendente que trabalha no gabinete do chefe nacional da polícia sul-africana, assim como o Intendente Teles, um dos elementos da Polícia de Segurança Pública que fez a viagem entre Portugal e a África do Sul. O comandante da polícia de Magaliesburgo também compareceu, acompanhado por elementos do município.