Ranking FIFA (novembro): 14º
Ranking nos Mundiais: 25º
Presenças em Mundiais: 9
Última presença: 2010
Melhor desempenho em Mundiais: semifinalista em 1930
Como se qualificou: (1º da zona centro-americana, Concacaf, com 11 V-2 E- 3 D no total de jogos de apuramento, 7-1-2 na fase final)
Histórico com Portugal: 5 jogos, com 2V-1E-2D e 5-5 em golos.
Selecionador: Jürgen Klinsmann (alemão, 49 anos).

Duas derrotas nos últimos dois confrontos com a seleção dos Estados Unidos, em 1992 e 2002, são um primeiro sinal a inviabilizar excessos de confiança depois de o sorteio desta sexta-feira pôr os norte-americanos pela segunda vez no caminho de Portugal em fases finais. Desta vez, o embate será na segunda jornada, e não na estreia, como aconteceu no Mundial da Coreia/Japão.

Foi assim que vivemos o EUA-Portugal de 2002

Ao todo, os cinco jogos entre as duas seleções dão um saldo totalmente equilibrado, mas a derrota portuguesa no único jogo a doer dá vantagem aos norte-americanos, que em relação a essa equipa de 2002 ainda mantêm em funções o seu melhor jogador de todos os tempos, Landon Donovan: depois de um período sabático, a estrela dos LA Galaxy, regressou nos últimos jogos da qualificação, ajudando a fechar o grupo num destacado primeiro lugar, quatro pontos à frente da Costa Rica.

Mais delicada é a situação de outro jogador bem conhecido do futebol português, o central Oguchi Onyewu, que procura agora, no Queens Park Rangers, reconquistar a confiança de Klinsmann e o tempo perdido em Alvalade, para recuperar um lugar entre os convocados para o Brasil.

A participar no seu 10º campeonato do Mundo, e no sétimo consecutivo, a seleção dos Estados Unidos estará, porventura, numa das fases mais competitivas do seu historial, com a equipa a surgir de forma consistente, em 2013, nos 20 primeiros do ranking da FIFA. Jürgen Klinsmann, que assumiu o comando da equipa em julho de 2011, depois da derrota com México na final da Gold Cup, voltou a dar ao US Team o estatuto de primeira potência da Concacaf, aproveitando também a imprevista crise dos mexicanos nas últimas duas épocas.

Campeão do mundo como jogador, o técnico alemão, que já levou a Mannschaft ao terceiro lugar no Mundial 2006, orientou 44 jogos, e apresenta um saldo muito positivo de 27 vitórias, sete empates e apenas 10 derrotas. Mesmo considerando que 20 dessas vitórias foram diante de equipas centro-americanas, há registo para triunfos marcantes sobre Itália, Alemanha e Bósnia nos troféus de caça dos EUA, nos últimos dois anos.

A conquista da Gold Cup, no último verão, com seis vitórias em seis jogos, confirmou a supremacia norte-americana na região, tal como a facilidade com que foi cumprida a fase de apuramento: onze vitórias em 16 jogos, numa solidez competitiva que se traduziu, já depois da garantida, numa vitória épica sobre o Panamá, em outubro (3-2) com dois golos nos descontos. O resultado acabou por permitir o apuramento da seleção mexicana, a maior rival do «Team USA».

Muita experiência na Europa

Jürgen Klinsmann dispõe de um campo de recrutamento alargado, como o atesta o facto de ter utilizado 37 jogadores nos 16 jogos de qualificação. De entre eles, 14 já tinham estado presentes no Mundial de 2010, quando os EUA se qualificaram para a segunda fase, a par da Inglaterra, num grupo que tinha ainda Argélia e Eslovénia. E mais de metade (19, mais precisamente) atuam no futebol europeu, o que dá

Embora Klinsmann tenha procedido a uma renovação, a equipa continua a depender muito dos seus nomes mais experientes: Tim Howard (Everton), na baliza, Michael Bradley (Roma), Clint Dempsey (de volta à MLS, nos Seattle Sounders), e Jozy Altidore (Sunderland), do meio campo para a frente, para além do caso particular já referido de Landon Donovan, que pode cumprir no Brasil a quarta fase final. Ao todo, são cinco peças chave na seleção norte-americana com mais de 100 internacionalizações, ou perto disso: Howard, Beasley, Dempsey, Donovan e Bocanegra.

Taticamente, Klinsmann tem feito variar a equipa entre um 4x4x2 clássico e um 4x2x3x1, que depende muito da disponibilidade física de Dempsey para apoiar Altidore na frente. No caso de o técnico optar por um segundo avançado, Aron Johannsson, do AZ, tem vindo a ganhar espaço de afirmação, apesar de ter sido pouco utilizado na fase de apuramento. No meio-campo, a alma da equipa é composta por Michael Bradley e Jermaine Jones, dois jogadores com experiência na elite europeia. O ponto fraco, na competição ao mais alto nível, passa pela defesa onde, ao contrário do que acontece nos outros setores, se nota a falta de liderança por parte de jogadores que atuem em equipas de topo.

Mas, tomando como referência o que aconteceu em 2002 e 2010 (onde foram afastados num prolongamento dramático pelo Gana, que vão reencontrar logo na primeira jornada), seria disparatado descartar à partida a possibilidade de o Team USA marcar presença nos oitavos de final.

Os jogadores utilizados na qualificação

Guarda-redes
Tim Howard, 13 jogos (Everton)
Brad Guzan, 3 jogos (Aston Villa)


Defesas
Geoff Cameron, 13 jogos (Stoke City)
Omar Gonzalez, 8 jogos (LA Galaxy)
Clarence Goodson, 7 jogos (SJ Earthquakes)
DaMarcus Beasley, 7 jogos (Puebla)
Matt Besler, 6 jogos (Sporting KC)
Carlos Bocanegra, 5 jogos/2 golos (Chivas)
Brad Evans, 5 jogos/1 golo (Seattle Sounders)
Steve Cherundolo, 5 jogos (Hannover)
Edgar Castillo, 4 jogos (Tijuana)
Michael Parkhurst, 3 jogos (Augsburgo)
Michael Orozco, 2 jogos/1 golo (Puebla)
Oguchi Onyewu, 1 jogo (QPR)
Timothy Chandler, 1 jogo (Nuremberga)

Médios
Clint Dempsey, 14 jogos/8 golos (Seattle Sounders)
Graham Zusi, 12 jogos/2 golos (Sporting KC)
Jermaine Jones, 12 jogos (Schalke 04)
Michael Bradley, 10 jogos (Roma)
Eddie Johnson, 10 jogos/4 golos (Seattle Sounders)
Fabian Johnson, 9 jogos (Hoffenheim)
Sacha Kljestan, 5 jogos (Anderlecht)
Kyle Beckerman, 5 jogos (Real Salt Lake)
Danny Williams, 5 jogos (Reading)
Brad David. 4 jogos (Houston Dynamo)
Brek Shea, 3 jogos (Stoke City)
Mikkel Diskerud, 3 jogos (Rosenborg)
Alejandro Bedoya, 3 jogos (Nantes)
Joe Corona, 2 jogos (Tijuana)
Francisco Torres, 2 jogos (UANL)

Avançados
Jozy Altidore, 13 jogos/4 golos (Sunderland)
Hercules Gomez, 8 jogos/2 golos (Tijuana)
Maurice Edu, 8 jogos (Stoke City)
Landon Donovan, 5 jogos/1 golo (LA Galaxy)

Aron Johannsson, 3 jogos/1 golo (AZ)
Terrence Boyd, 3 jogos (Rapid Viena)
Alan Gordon, 1 jogo (SJ Earthquakes)