* com Maria Gomes de Andrade

Para além do potencial técnico e físico, André Silva revela também uma dose assinalável de confiança. Eleva a sua própria exigência, mostra ambição. No Europeu de sub-19 marcou cinco golos, mas ficou a um do melhor marcador da prova, o alemão Davie Selke. Agora, no Mundial sub-20, o objetivo é arrecadar essa distinção.
 
«A meta é ser sempre o melhor marcador. No Europeu não consegui, mas espero fazer melhor a cada dia que passa», diz o avançado do FC Porto, em entrevista ao Maisfutebol.
 
«Não coloco limites. Tento dar o máximo até ao último minuto», acrescenta André Silva. Mais do que superar marcas estatísticas, o jogador está empenhado em mudar opiniões. Nomeadamente a ideia de que faltam pontas de lança de qualidade no futebol português.
 
«Acredito que existem jogadores bons nessa posição. Os clubes é que não estão dispostos a dar tempo aos jogadores e preferem arranjar um estrangeiro que esteja já pronto. Espero mudar essa mentalidade», diz André Silva, que promete «tudo fazer» para tornar-se o goleador de referência do futebol português.


 
Distantes vão os tempos em que jogava como médio ofensivo e o treinador o comparava a Deco: «Isso já acabou. Agora sou ponta de lança. Isso foi no Salgueiros, com um treinador que gostava de dar-nos nomes de craques.»
 
Ocasionalmente ainda surge mais encostado à ala, mas André Silva considera que o seu «habitat» natural é a área: «Se for preciso dou o meu melhor, mas penso que rendo mais a ponta de lança.»
 
Jackson, o goleador da equipa principal do FC Porto, é referência óbvia por estes dias, mas o jogador da seleção portuguesa de sub-20 recorda também nomes como Ronaldo (o brasileiro) e Thierry Henry, que cresceu a idolatrar.