A China está praticamente afastada da fase final do Mundial2018 e o selecionador Marcelo Lippi considera que a sua equipa tem um «problema sério» com falta de opções para o ataque, lamentando que a maior parte dos clubes chineses tenham avançados estrangeiros nas suas fileiras.

«A minha equipa progrediu em dois domínios: na mentalidade e na organização. Jogamos para ganhar, quer seja em casa, quer seja fora. Mas temos um problema sério e este é muito sério: não tenho avançados, não tenho jogadores ofensivos de todo. Tenho de recorrer a jogadores que jogam noutras posições para ocupar essa posição», destacou o treinador italiano na conferência de imprensa de antevisão do embate com o Uzbequistão.

Lippi apresentou o problema e, logo a seguir um diagnóstico: «A explicação é simples: os clubes podem jogar com três estrangeiros e eles adoram comprar avançados. Temos soluções com qualidade para as outras posições, mas há um grande problema com os avançados», acrescentou.

Um problema que, aliás, reflete-se na fase de qualificação para o Mundial2018. A China ocupa a sexta e última posição do Grupo A da zona asiática de qualificação, com apenas 6 pontos em 8 jogos, com apenas cinco golos marcados e nove consentidos.

Quando faltam apenas dois jogos para terminar a terceira fase, a China está obrigada a vencer o Uzbequistão e o Qatar e mesmo assim terá de contar com resultados negativos dos adversários para ainda poder chegar ao terceiro lugar, o último que dá acesso à quarta fase.