O selecionador da Islândia, Heimir Hallgrimsson, manifestou-se muito feliz com o inédito apuramento para a fase final de um Campeonato do Mundo, garantido esta segunda-feira com a vitória na receção ao Kosovo (2-0), já depois da estreia na fase final de um Europeu em 2016.

«Depois da enorme festa que foi a presença da Islândia em França, no Euro2016, o mais difícil era remotivar os jogadores», afirmou Hallgrimsson. «A primeira cerveja, depois de uma festa, não é a melhor», acrescentou logo de seguida.

O selecionador lembrou a dificuldade que foi recolocar os jogadores no «chão», após a presença histórica no Euro2016, numa aventura que apenas acabou nos quartos de final, com um desaire por 5-2 face à anfitriã França. Foi preciso voltar a dar motivação aos jogadores e superar um grupo complicado.

«Estávamos num grupo muito equilibrado, com Croácia, Turquia, Ucrânia e Finlândia», lembrou Hallgrimsson, destacando o feito dos nórdicos, que concluíram o Grupo I com 22 pontos, contra 20 da Croácia, 17 da Ucrânia, 15 da Turquia e nove da Finlândia.

Os islandeses estão na Rússia, mas o selecionador lembra que ainda há um Mundial para disputar. «Este sucesso não é um fim em si mesmo, é o princípio de uma longa viagem rumo ao destino final», frisou.

Derrotado em Reiquiavique, o Kosovo, estreante em qualificações, terminou no último lugar do grupo, com apenas um ponto, conquistado na estreia, na Finlândia (1-1). «Felicitações a toda a seleção islandesa e aos islandeses. É um bom exemplo para as pequenas nações como a nossa, que ambicionam ter uma boa equipa, bem organizada, no futuro», afirmou o selecionador do Kosovo, Albert Bunjaki.

Quando ao encontro, Bunjaki já sabia que iria ser «difícil», mas disse que a sua equipa mostrou que «estava preparada».

A Islândia, que defendia o primeiro lugar para conseguir o apuramento direto para o Mundial 2018, recebeu e bateu o Kosovo por 2-0, com Gylfi Sigurdsson em destaque, com um golo, aos 40 minutos, e a assistência para outro, de Johann Gudmundsson, aos 68.