Estádio do Pacaembu, São Paulo. No relvado joga-se futebol, lá dentro vive-se futebol. É lá que está o Museu do Futebol, um espaço que cumpre agora três anos e celebra a história do desporto. No Brasil, onde há tanto para recordar e contar.

O espaço, que foi no ano passado o mais visitado dos equipamentos da Secretaria de Estado da Cultura brasileira, não é um museu de troféus, é mais de experiências. Entra-se pela Grande Área, espaço de objectos e recordações dedicada aos adeptos. Depois há salas temáticas, onde é possível recordar as origens, os grandes craques (Génios Barrocos, chamam-lhes), e até uma área dedicada aos maiores dos maiores: a sala Pelé-Garrincha.

Também há a sala dos golos, com relatos de grandes nomes da cultura brasileira e cabinas onde pode assistir aos golos de que falam. Ou a dos rádios, para ouvir relatos históricos.

E, claro, há a Sala das Copas do Mundo, para reviver os Mundiais, o palco do Brasil por definição. E até a sala Rito de Passagem. Um espaço dedicado ao grande trauma colectivo do futebol brasileiro: o Maracanazo, quando o escrete perdeu com o Uruguai a decisão do «seu» Mundial. Ao visitante são mostradas imagens dos adeptos a descer a enorme rampa do Maracanã no final, num silêncio de funeral.

Exorcizado o fantasma, o Brasil ganhou dali para a frente, e ganhou muito. Não tinha nenhum título mundial em 1950, agora é penta. E recebe o próximo Mundial, em 2014. Para irmos entrando no espírito dessa grande festa, podemos começar por aqui. Veja as fotos, boa viagem.