O Nacional iniciou esta segunda-feira os trabalhos de pré-temporada. Não foi ainda uma apresentação formal dos comandados de Jokanovic aos seus adeptos, uma vez que as obras em curso na Choupana não o permitiram. Essa apresentação fica agendada para o próximo mês e até lá a equipa vai prosseguir com os trabalhos na Camacha, em regime bidiário, com o almoço em conjunto, para reforçar o espírito de grupo.
Dos cinco reforços já confirmados, só três estiveram neste regresso aos treinos: João Coimbra (ex-Benfica), Felipe Lopes (ex-Anderlecht) e Fellipe Gabriel (ex-Flamengo), já que João Moreira (ex-Valência B) e Juninho (ex-At. Mineiro) foram autorizados pela Direcção a só se juntarem à equipa na quarta-feira.
Dos outros nomes do plantel, Cléber só chega amanhã, por atraso nas ligações aéreas e Cássio não integrou o primeiro treino, devido a queixas na coluna: o avançado vai fazer exames e tratamento médico nos próximos dias.
Depois da tradicional foto de família com os 23 jogadores disponíveis (incluindo quatro ex-juniores, dos quais três ficam no grupo e um vai cumprir um período experimental), cumpriu-se uma sessão de trabalho ainda ligeira. Jokanovic ainda não tem o grupo fechado, visto que está em aberto a contratação de mais um avançado, que já está referenciado e vem do mercado brasileiro. Essa situação pode estar ligada à eventual saída de Cássio, cujo passe está avaliado em cerca de 300 mil euros, tendo alguns clubes manifestado vontade de contratá-lo.
Entretanto, o empresário Bukovac está na Madeira para analisar com Rui Alves a eventual saída de Diego Benaglio para o estrangeiro. Também o defesa Ávalos poderá estar de saída, depois de o Partizan de Belgrado ter manifestado interesse na sua contratação.
Entre as situações por resolver, estão três jogadores com contrato mas que não entram nas contas de Jokanovic: Geufer, Luís Manuel e Miguel Fidalgo. A solução para estes jogadores passa pelo empréstimo ou pelo acordo de rescisão.
Rui Alves, presidente do Nacional, assumiu que os objectivos da equipa para esta época passam em primeiro lugar por garantir a permanência o mais cedo possível: «mantendo 80 por cento do plantel, temos um lugar nas provas europeias como pano de fundo, só o desenrolar da competição pode dizer se temos argumentos para lá chegar», afirmou, lembrando que há mais sete ou oito equipas nessas. Rui Alves assumiu também o objectivo de ganhar o «campeonato da Madeira, ficando à frente do Marítimo».
Curiosa foi a posição assumida por Rui Alves em relação à Taça da Liga, uma prova que decididamente não é do seu agrado: «O Nacional não tem objectivos desportivos nessa prova e não acredita que os dirigentes que a criaram também os tenham. O nosso único objectivo é sair de prova o mais rapidamente possível.»