Já não há contas que resistam. O Nacional está na Europa e sonha agora com a manutenção do quarto lugar, o que a conseguir, é um feito histórico no futebol da Madeira. Os alvinegros tiveram em Rossato a chave da vitória. O brasileiro apontou os três golos da sua equipa e qual deles o de melhor execução. No final, a festa foi nacionalista ao som do «bailinho da Madeira», de foguetes e algumas garrafas de champanhe. E foi um triunfo justo dos madeirenses que jogaram o «quanto baste», só passando por alguma instabilidade na segunda parte.
Foi ao som do «bailinho da Madeira» que os adeptos festejaram a obtenção de uma participação na Taça UEFA e a manutenção do quarto lugar da SuperLiga. Se os «mágicos» não estiveram brilhantes, jogaram, no entanto, o suficiente para justificar o triunfo. Rossato deu «show de bola» e apontou o seu primeiro «hat-trick», somando agora nove golos. Foi uma lição de eficácia e a confirmação de que o esquerdino é sem dúvida o melhor lateral esquerdo da competição.
O Beira Mar só deu um «ar da sua graça» no segundo tempo, ficando bem evidente que os aveirenses estão em queda. Já não sabem o que é vencer há 12 jornadas.
Um Nacional algo nervoso e um Beira Mar muito defensivo proporcionaram uma primeira parte muito pobre. Apesar de tudo, como lhe competia, foi a equipa madeirense a dar o primeiro sinal de perigo, logo aos 4 minutos, com Ávalos a não desviar de cabeça da melhor forma um cruzamento tenso de Rossato. Os locais demonstravam que queriam resolver cedo a contenda, mas os aveirenses tapavam bem o caminho para a sua baliza, fosse como fosse (16 faltas cometidas nos primeiros 45 minutos). Curiosamente, até foram os homens de Aveiro que tiveram mais cantos a seu favor (5) no primeiro tempo, mas que não foram traduzidos em lances de perigo para a baliza de Hilário.
«Bomba» abre caminho para a vitória
A partida decorria de forma muito morna, até que, um livre de Rossato acordou o estádio. Foi uma «bomba» de bem longe (mais de 30 metros) e que só parou dentro da baliza de Debenest. Aos 25 minutos, os «alvinegros» chegam à vantagem e com justiça.
O conjunto aveirense só aos 44 minutos respondeu com perigo. Hilário desviou para canto um bom cabeceamento de João Paulo. E quanto a futebol, ficamos por aqui até ao intervalo.
Rossato desfaz dúvidas
No segundo tempo, Rossato desfez as dúvidas (se é que existiram) com mais um livre directo aos 52 minutos. Com uma vantagem de 2-0, Mior apostou na contenção e na exploração do contra-ataque. Reforçou o meio campo com a entrada de Ivo, retirando Mário Carlos que uma vez mais não justificou a titularidade.
O Beira-Mar cresceu. E Alcaraz e Kingsley levaram a bola à barra de Hilário, aos 65 e 72 minutos. O golo de honra era merecido e até poderia mudar um pouco a «história» do jogo, mas, na hora do remate, os comandados de Sousa demonstraram o porquê de já não marcarem golos há 600 minutos.
Já em tempo de festa e de descontos, Rossato (quem poderia ser?) «carimbou» a vitória com mais uma «bomba», que bateu na barra de Debenest e entrou. Era a explosão final de alegria dos adeptos locais que viam a sua equipa manter a veia «goleadora». É que os madeirenses são o «melhor ataque caseiro» da Superliga, somando 39 golos.