O Nacional ainda sonha com a Europa. Foi difícil aos pupilos de Machado vencer. Mas hoje lutaram, marcaram e souberam sofrer a pressão final do adversário. Estiveram até mais perto do 2-0 do que o Leixões do empate. Os homens de Castro Santos têm a vida cada vez mais complicada para ficar na Liga e os alvinegros mantêm o estatuto: nunca perderam com os homens de Matosinhos.
O treinador dos madeirenses lançou Pedro Pacheco no onze e apresentou uma equipa nada esperada, pois da convocatória saíram Halliche, Leandro Salino e Luiz Alberto, muito provavelmente por razões disciplinares. Assim, fica a dúvida. Foi este o esquema trabalhado com os nomes apresentados? Só Machado poderá responder.
Fernando Castro Santos deu consistência a um meio-campo com quatro homens e deixou Pouga na frente sozinho. Os nortenhos fecharam bem o caminho para a sua baliza, mas também não se mostraram muito atrevidos.
Como lhes competia, os madeirenses tiveram maior domínio, mas pouca qualidade de jogo. Os adeptos nacionalistas apanharam um valente susto aos 34 minutos, quando Pouga quase marcou, após um bom cruzamento de Seabra na direita. Até então, foi Bracalli quem teve de estar mais atento.
A resposta alvinegra só surgiu já bem perto do intervalo (43), com Nuno Pinto a encher o pé e a ver o seu remate bater no poste da baliza de Berger.
A igualdade registada ao intervalo traduzia e bem a pobreza demonstrada pelas duas equipas. Mais raça e coração do que razão. Os nervos eram evidentes nos jogadores que sabiam que não podiam falhar.
Edgar Costa: Foi entrar e marcar
O recomeço foi muito feliz para o Nacional. Machado lançou Edgar Costa e acertou em cheio. Este jogador recebeu logo a seguir um cruzamento de Patacas sozinho ao segundo poste e não perdoou, abrindo o marcador.
Empurrados pelos adeptos, os madeirenses viram Juliano perder uma boa situação aos 48, ao rematar ao lado, quando estava em posição de fazer melhor, já na pequena área. Os pupilos de Machado continuaram interessados na baliza adversária e Edgar Costa voltou a estar perto de marcar aos 59 minutos, num grande remate de fora da área. Berger esteve melhor.
Reacção final insuficiente
Os leixonenses tentaram reagir, com Fernando Castro Santos a acrescentar mais poder ofensivo. Mas foi insuficiente. Só aos 79 minutos é que causaram perigo, com João Paulo a cabecear já em queda após um cruzamento de Tiago Cintra. Foi mesmo o Nacional a estar mais perto do golo por duas vezes. Primeiro por Felipe Lopes, que, de cabeça, obrigou Berger a grande defesa e depois já em tempo de descontos quando Oldoni rematou rasteiro para nova defesa de Berger.
Foi uma vitória justa, mas muito suada dos madeirenses, que souberam aguentar a pressão final dos nortenhos.