Nacional-V. Setúbal, 0-0 (crónica)

A primeira vez sem Benaglio mas com Bracalli a dizer presente. Um Nacional melhor na primeira parte e com muito coração mas pouca lucidez no segundo tempo. Um Setúbal muito diferente face às saídas e alguns jogadores no banco, cresceu e muito na segunda parte. Assim, a igualdade acabou por ser justa face ao que as duas equipas produziram. Os sadinos continuam na rota europeia, enquanto que os nacionalistas deram um passo atrás nessa possível ida à UEFA.
O Setúbal apresentou-se na Choupana com Sandro, Ricardo Chaves e Pitbull no banco, para além das ausências de Robson (castigo), Matheus e Edinho (já deixaram os setubalenses) mas mantendo o seu habitual 4x2x3x1. E logo aos dois minutos ficam dúvidas num lance dentro da área alvinegra com uma queda de Paulinho. Rui Silva mandou jogar e não considerou falta do defensor Alonso.
Daí em diante o Nacional foi trocando bem a bola e assumindo o comando de jogo, criando algum perigo para a baliza de Eduardo. Um livre aos 13 minutos de Juliano quase deu golo, mas Cléber não conseguiu desviar ao segundo poste. Cinco minutos depois, um bom trabalho de Juliano que cruza rasteiro na esquerda, proporcionou a Lipatin um remate fraco e à figura de Eduardo. O sinal mais dos locais continuou e a defesa sadina tinha muitos problemas para travar os ataques nacionalistas. E o mesmo Lipatin esteve à beira de marcar, após uma boa assistência de Juninho, mas o remate do atacante saiu fraco e Eduardo conseguiu agarrar quase em cima da linha de baliza. Era mais um aviso à turma de Carvalhal que não conseguiu sair em contra-ataque como é habitual.
Só ao minuto 30 é que os visitantes deram um ar da sua graça com uma boa jogada. Leandro cruzou na direita e Felipe estorvado por Patacas, cabeceou por cima da barra da baliza de Bracalli. Até ao final da primeira parte, a história do jogo não se alterou. Os pupilos de Jokanovic dominavam mas também perderam algum fulgor. Assim, a igualdade era aceitável.
Pitbull anima sadinos
No segundo tempo, os madeirenses continuaram a assumir o comando da partida. Foi Juliano ao autor do primeiro remate à baliza mas sem a melhor direcção aos 52 minutos.
O técnico do Setúbal lançou aos 55 minutos Pitbull e Ricardo Chaves, mas não mexeu na sua estratégia limitando-se a fazer trocas em posições.
E foi Pitbull que fez o primeiro remate á baliza de Bracalli para boa defesa deste ao minuto 62. E foi de novo Pitbull que numa grande assistência isola Paulinho mas este não consegue rematar, mas dá ainda para Ricardo Chaves e este remata ao lado. A resposta do Nacional com perigo só surgiu aos (73¿) com Coentrão a rematar forte mas ao lado após combinação com Edson Sitta.
Lipatin ao poste
Os nacionalistas reequilibraram-se e Lipatin (quem poderia ser) num bom remate á entrada da área quase surpreendia Eduardo, mas a bola bateu no poste da baliza sadina, ao minuto 76. O técnico Jokanovic resolveu substitui-lo por Rodrigo. E pareceu errada esta sua decisão, pois Rodrigo nada acrescentou e também não mudou, nem reforçou o seu ataque. Mas Pitbull voltou a mostrar a sua classe em mais um grande passe (80¿) para Bruno Gama, mas este deixou que Bracalli lhe roubasse a bola no chão.
Bracalli e Eduardo brilham
Mas ao minuto 84, Sandro assistiu Paulinho e este num bom trabalho passa por cardozo e isolado remata contra Bracalli que agarrou ainda a recarga. A melhor situação do Setúbal para desfazer o nulo. Aos 87 minutos, Adriano não aproveitou uma falha de Auri, atirando fraco para defesa de Eduardo quando estava em óptima posição para marcar. Eduardo imitou Bracalli quando voou e desviou para canto ao minuto 90+1, uma ¿bicicleta¿ de Rodrigo. E até ao final, para além da expulsão de Carvalhal, houve muita vontade dos locais mas pouca lucidez e capacidade para fazer melhor. Um empate justo, com as equipas a oferecer uma partida para o fraquinho.