No início da segunda parte a noite caiu sobre a Choupana e as luzes acenderam-se. E no banco do Nacional também se fez muito para alterar a equipa. Brito apostou tudo, lançando Chilikov e Adriano. E, 15 minutos depois, viu Juliano acabar com a malapata e quebrar o jejum de golos e pontos.
O adversário da Taça UEFA na próxima quinta-feira chama-se Rapid. E os alvinegros foram rapid(os) no recomeço do jogo. O V. Setúbal, que até estivera bem na primeira parte, baralhou-se com o gás nacionalista. Foram 15 minutos fatais para os pupilos de Toni.
Remate à barra prometedor
As duas equipas apresentaram-se com esquemas idênticos: 4x2x3x1. E o jogo começou por prometer. Logo aos 3 minutos, Rodrigo Silva encheu o pé já dentro da área mas acertou na barra. Cássio na recarga não conseguiu bater João Paulo.
Mas a pressão de ter de vencer pairava na Choupana. A pouco e pouco, o Setúbal começou a «asustar» a defesa madeirense. Amumeke por duas vezes, poderia ter aberto o marcador. A primeira aos 12 minutos, num remate que Benaglio desviou para canto, a segunda aos 29, após um cruzamento de Janício, com o nigeriano a cabecear ao lado.
E aos 36 minutos, de novo os setubalenses a causar perigo. Hugo ganhou uma bola quase perdida, na linha de fundo, conseguindo cabecear, mas Alonso «abafou» o tiro de Varela.
A todo o vapor
No segundo tempo, com as mudanças operadas, os nacionalistas transfiguraram-se, sendo mais velozes. O técnico alvinegro apostou num claro 4x3x3, com três atacantes natos: Adriano, Chilikov e Cássio. Depois, Juliano surgiu como número 10 e mais criativo.
O conjunto sadino não se entendeu com as marcações e o perigo começou a rondar a baliza de João Paulo. Aos 58 minutos, Juliano com um remate forte de fora da área, contou com a colaboração do guarda-redes setubalense e foi a explosão de alegria, no relvado, na bancada e no banco. No mesmo minuto (74), Cássio de cabeça e Ávalos num remate, poderiam ter acabado com o jogo, mas a pontaria não foi a melhor.

O sofrimento durou até ao cuarto minuto dos descontos, embora os sadinos nunca tivessem posto Benaglio à prova, com excepção de um remate fraco de Fonseca aos 81 minutos.
Vitória justa dos madeirenses pelo que produziram no segundo tempo, perante um Setúbal que mudou para pior.