O Nacional continua a preparar a receção ao Paços de Ferreira, em jogo agendado para a próxima segunda-feira, no estádio da Madeira, numa sessão que decorreu à porta fechada no Campo do Centenário, tendo em vista a tentativa de regressar às vitórias no campeonato, algo que já foge à formação insular desde o início do mês de outubro, altura em que bateu o Braga por três bolas sem resposta.

No entanto, o caminho do Nacional acaba por não ser tão tortuoso como à partida parece, já que ao longo destes dois meses e meio, teve uma interrupção de três semana sem competição, para além de que realizou três jogos fora de portas e sempre em terrenos conhecidos pelas inúmeras dificuldades que apresentam a quem lá vai, nomeadamente a Luz, o Dragão e estádio dos Barreiros.

Curiosamente, até nem é fora de casa que os pupilos de Manuel Machado têm claudicado, já que empataram ante o FC Porto e o rival Marítimo, tendo perdido frente ao Benfica. Já em casa, ou até mesmo para a taça de Portugal, competição em que foram eliminados pelo Santa Maria de Galegos, o acerto não é o mesmo, contabilizando por empates os jogos disputados ante o Olhanense e o Vitória de Setúbal.

Zainadine, lateral direito moçambicano, responsável pelo empate alcançado na pretérita jornada ante o Marítimo, ao conseguir apontar o tento da igualdade já bem perto do fim e quando a equipa estava reduzida a dez unidades, revelou que esse é um jogo para recordar: «Senti-me muito feliz por ter marcado o primeiro golo pelo Nacional. Só ficaria mais feliz se tivéssemos ganho, que é o que merecíamos», começou por referir, acrescentando: «O fator sorte também conta muito. A equipa está bem, temo-nos batido bem e por isso é que não perdemos.»

No entanto, não esquece que a equipa não perde, mas também não ganha: «Não temos ganho. Isso é uma dívida que temos connosco e com os simpatizantes do clube. Queria aproveitar para pedir que eles venham apoiar neste fim-de-semana e nós vamos fazer tudo para ganhar este jogo», disse.

Contudo, os embates ante o Paços de Ferreira têm sido marcados por muito equilíbrio, conforme é possível atestar ao analisar o histórico dos confrontos entre ambos, já que em dezassete embates com o Nacional na condição de visitado, registaram-se sete vitórias para os da casa, cinco empates e outras tantas derrotas, algo que Zainadine não descura, pelo que, na sua opinião, este vai ser um jogo muito difícil: «O Paços de Ferreira é uma grande equipa e temos que a saber respeitar. Não está a atravessar um bom momento mas temos que estar cientes que não vai ser um jogo fácil, e, nós já temos isso em mente», atirou.

Ainda assim, o moçambicano, que considera ser importante «ter em conta o fator sorte» para conseguir almejar vitórias, explica que «o objetivo da equipa, que é lutar pelo acesso à liga Europa, continua de pé», pelo que os alvi-negros não vão atirar a toalha ao chão e vão continuar nessa luta, começando já nesta jornada por superar o conjunto liderado por Henrique Calisto, num embate em que os madeirenses não deverão contar com João Aurélio, a contas com um traumatismo inguinal, e, com os já crónicos ausentes Skolnik, Jaime e Edgar Abreu. Mexer, a contas com uma tendinite no tendão de Aquiles do pé direito, foi poupado desta última sessão de trabalho, mas já deve treinar em pleno este sábado, pelo que será mesmo opção para o jogo de segunda-feira.