O sorteio da Liga Europa ditou esta sexta-feira o Dínamo de Minsk como adversário do Naciona da Madeiral. Manuel Machado considerou que não saiu a fava aos madeirenses e lembrou que no futebol tudo é possível, recordando o jogo da passada temporada frente ao Zenit, que terminou com a vitória dos portugueses por 4-3.
«Havia, de facto, um conjunto de clubes todos de grande e média dimensão como potenciais adversários. Calhou-nos este e é este que vamos defrontar, por isso, fazê-mo-lo sabendo que o Dínamo de Minsk é um clube de nome internacional. Em teoria, se juntarmos o passado do clube à sua dimensão e ao seu momento atual, há um grau de dificuldade elevado pela frente, isso de facto cria alguma ansiedade, algum receio», disse o técnico, acrescentando: «Por outro lado também temos muita confiança naquilo que fazemos e temos um passado que nos diz que o futebol tem essa magia de contrariar aquilo que em teoria muitas vezes parece acontecer. Estou a referir-me à ultima participação em que nos calhou um clube com uma dimensão muito maior e acabamos por ser felizes e competentes para passar.», afirmou na conferencia de imprensa realizada depois do sorteio.
O Nacional vai jogar a primeira mão da eliminatória em casa, mas o treinador não se mostrou preocupado lembrando, mais uma vez, o resultado frente ao Zenit e garantindo que será «difícil» mas que têm «confiança e ambição» para ir «à luta».
Por outro lado, o facto da equipa da bielorrussia liderar o campeonato à 20ª jornada e ter já cerca de 30 golos marcados e apenas 6 sofridos, preocupa o técnico que esta época terá um plantel com muitas caras novas.
« São coisas que se refletem em campo. Ao nível da dinâmica, do ritmo, da intensidade, da própria estrutura e ideia do jogo, que estará muito mais consolidada do que a de uma equipa como a nossa ,que entra agora com um plantel bastante remodelando, que joga no domingo com o Moreirense e três dias depois joga com uma grande equipa.», disse.
O técnico assumiu que apenas conhece os modelos táticos que o adversário utiliza garantindo que há muito trabalho a fazer, mas que não será necessário enviar ninguém para observar o Dínamo, uma vez que tem as «ferramentas necessárias para radiografar o adversário sem gastar dinheiro.».
