Os Mundiais de natação tiveram grandes protagonistas e um Michael Phelps de novo do outro mundo. Mas os holofotes estiveram sobre os fatos de alta tecnologia, que toda a gente admite serem os grandes «culpados» pelos números incríveis de Roma: 43 recordes do Mundo batidos em oito dias.
Foi aproveitar enquanto durou. A Federação Internacional de Natação (FINA) reagiu à polémica, ainda que em dois tempos: deixou que os fatos integralmente de poliuretano ainda «nadassem» em Roma, mas proibiu-os a partir de 2010.
Michael Phelps, que se manteve fiel ao seu fato, que tem apenas uma camada do material que garante maior flutuabilidade e impermeabilidade e parece agora obsoleto, começou por ter algumas dificuldades em Roma. E perdeu mesmo a final dos 200m livres para o alemão Paul Biederman. Bob Bowman, o seu treinador, irritou-se e defendeu mesmo que Phelps se recusasse a competir enquanto os fatos valessem.
Mas Phelps voltou a vestir a capa de super-herói, como tinha feito nos Jogos Olímpicos. E foi ganhando, uma atrás da outra. Chegou ao final com seis medalhas, cinco das quais de ouro. E já avisou que isto vai ser divertido é quando a natação voltar a ser natação. A grande questão é essa. O nível que se atingiu em Roma vai ser difícil de igualar nos tempos mais próximos, bem como os recordes que se bateram.