Diogo Ribeiro chegou na manhã desta segunda-feira ao aeroporto Humberto Delgado, depois de se ter sagrado campeão do mundo nos 50 e 100 metros mariposa, em Doha, no Qatar.

O nadador do Benfica chegou as com as duas medalhas de ouro ao peito e foi recebido com aplausos e gritos de incentivo por várias pessoas. Depois de tirar fotografias com as medalhas, o jovem de 19 anos destacou o «orgulho» pelo feito.

«Se me dissessem, quando ganhei a prata [em 2023], que ia ser campeão do mundo na próxima edição, diria que estavam a sonhar. Ter 19 anos e saber que posso fazer ainda mais, só me dá ainda mais garra para continuar», começou por dizer aos jornalistas.

«Continua tudo igual. Gosto que digam que sou um ídolo e que me vejam a nadar, mas não me cabe na cabeça que sou isso e tenho medalhas de ouro. É como se fosse a medalha de ouro no regional, ainda não percebi o que isto quer mesmo dizer», confessou.

Depois da conquista dos 50 metros mariposa, onde ficou visivelmente surpreendido ao ver que tinha conquistado a prova, Diogo Ribeiro assumiu que o desempenho nas eliminatórias dos 100 metros deram mais confiança para a final.

O nadador do Benfica apontou ainda à conquista de uma medalha nos Jogos Olímpicos deste ano.

«É um sonho chegar lá e o sonho continua a ser conseguir uma medalha. Pode começar a ser cada vez mais um objetivo», vincou.

«Com 19 anos, deixa-me a pensar no que poderei atingir no futuro. Tenho mais 15 anos de carreira e isso deixa-me confiante. Desejo e sonho com a medalha olímpica», disse ainda.

Diogo Ribeiro salientou a importância de «ser humilde» e «não parar de trabalhar». O jovem nadador também destacou a mensagem de felicitações de Rui Costa, apelou a mais apoios públicos para a modalidade e revelou que vai ser homenageado pelo Benfica no jogo com o Portimonense, no domingo, na Luz.

O atleta português lembrou ainda a morte do pai. «Tenho falado bastante com ele. Digo que vou fazer as coisas por ele. Acho que ele me manda força e com essa força transformo-me para ganhar as provas.»

Diogo Ribeiro revelou também que teve um acidente com uma medalha.

«Dormi com as medalhas, meti-as debaixo da almofada e no dia a seguir a medalha de 50m estava partida, mas deu para trocar», contou.

Depois das conquistas históricas, segue-se uma pequena viagem a Paris para ver uma prova de skate de Gustavo Ribeiro e, de seguida, as merecidas férias.

«Sinto-me bem e confiante para as próximas provas. Agora é descansar a cabeça», concluiu.