A Naval 1º de Maio está indignada com o castigo que foi aplicado à equipa de juniores: dois anos de suspensão. Esta foi a decisão mais pesada do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, no âmbito de um caso referente ao jogo com o Rio Maior.
A equipa da Figueira da Foz atrasou-se a comparecer junto da equipa de arbitragem, e a vitória por 8-1, e consequente apuramento para a segunda fase, foi «substituída» por uma derrota por 3-0, desclassificação do campeonato, descida aos distritais e dois anos de suspensão daquele escalão.
O atraso de dois minutos da formação navalista deve-se ao facto da equipa ter estado a visionar um vídeo antes do início do jogo, onde estavam inseridas mensagens de incentivo e motivação dos seus pais. Os jogadores surgiram junto da equipa de arbitragem às 14h59, e não às 14h57, como está previsto. O jogo acabou por ter início às 15h10, e aí neste aspecto que se baseia o recurso da Naval.
«A Naval, segundo o acórdão, não cumpriu o regulamento, atrasando-se dois minutos, pelo que lhe foi imputada culpa pelos 10 minutos de atraso no início do jogo. Se a Naval tivesse entrado dois minutos antes, o jogo ter-se-ia iniciado pelas 15:08, consequentemente com um atraso de oito minutos, pelo que questionamos a quem seriam imputadas responsabilidades por este atraso», explicou Nuno Mateus, citado pela agência Lusa.
O responsável jurídico da Naval entende que não pode ser imputada a equipa «a distância a percorrer entre o balneário e o campo», assim como o tempo utilizado pelo árbitro «para perfilar as equipas para a saudação inicial, reunião com os capitães para a escolha do campo e vistoria de marcações e balizas».
Para além disso, é destacado ainda o facto de se tratar de um escalão de formação, pelo que a sanção é considerada «atentatória do direito à prática do desporto, afectando centenas de jovens, que, face à suspensão competitiva, ficam impossibilitados de praticar desporto e a modalidade que escolheram por opção».