Este pode ser, claramente, um caso em que a mente vence o corpo. Ao serviço, nos últimos dias, da Selecção da Bolívia, o médio da Naval Edivaldo chega apenas esta quinta-feira à tarde à Figueira, véspera do jogo com o Benfica, depois de uma longa viagem intercontinental. O desejo do jogador, no entanto, é o de participar na última sessão de treino (às 18 horas) e figurar entre as escolhas para a partida.

O caso nem seria inédito: ainda em Setembro, Hulk foi titular frente à U. Leiria um dia depois de ter defrontado o Gana em Londres, embora, neste caso, o brasileiro tenha enfrentado uma viagem bem mais curta. A seu favor, Edivaldo tem o facto de não ter sido utilizado na última terça-feira, na Venezuela, por opção. Pelo menos, foi isso que a esposa do atleta afiançou ao Maisfutebol.

Deixou bem claro ainda que o marido quer jogar com o Benfica e até ligou ao treinador para lhe assegurar que estará em perfeitas condições físicas. Caberá a Daniel Ramos a última palavra, mas, caso abra mão do bolivo-brasileiro, a convocatória poderá ter, no máximo, 17 elementos, entre eles três guarda-redes. É que há três castigados, outros tantos lesionados, e um quarto jogador em dúvida...

«O Benfica está mais forte»

Edivaldo vai, por conseguinte, fazer tudo para estar entre as escolhas. A vontade de voltar a sentir aquele gosto especial de defrontar um histórico do nosso futebol fala mais alto. «É um jogo bom, um jogo importante. O Benfica é uma grande equipa, como toda a gente sabe, e é um encontro motivador para nós. São 11 contra 11 e tudo é possível», afirma, cheio de esperança.

As constantes deslocações entre a Europa e a América do Sul, uma novidade para o jogador esta época, são desgastantes, porém o prazer de poder representar um país que lhe diz tanto compensa tudo: «São muitas viagens mas está a ser bom. Ir à selecção coroou estes anos de trabalho aqui na Naval. O presente é continuar lá mas o Importante é estar bem aqui, no clube, conseguir bons resultados.»

O Benfica perdeu na última visita à Figueira, na fase de descompressão da recta final da última época, quando as baterias estavam todas viradas para a Liga Europa. Edivaldo fez parte da equipa mas a maior satisfação pessoal aconteceu na época anterior, quando conseguiu marcar e colocar os encarnados em sentido. Foi preciso um Weldon inspirado para dar a volta ao texto.

«Toda a gente quer marcar às grandes equipas. Naquela ocasião, começámos bem mas o Benfica conseguiu virar o jogo. Pode acontecer de tudo. Podemos surpreender, se trabalharmos bem. São 90 minutos, tudo pode acontecer», garante o camisola 11 dos figueirenses, que considera a actual equipa das águias mais forte do que aquela que perdeu o título na última época.

«Acredito que sim, que o Benfica está mais forte este ano. Está a conseguir bons resultados», analisa o médio, um dos poucos atletas do plantel actualmente disponíveis que já defrontaram os encarnados com a camisola da Naval. Os outros são Taborda, João Pedro, Hugo Santos e Carlitos. Já Previtali e Giuliano foram duas vezes suplentes não utilizados, mas, esta sexta-feira, têm fortes hipóteses de jogar.

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