A Naval continua a mostrar-se bem servida no último terço do terreno. Se todos já conheciam Marcelinho, Davide e Marinho, pelo que fizeram na última época, agora há mais nomes a acrescentar à boa lista de avançados dos figueirenses. Bolívia foi o primeiro a dar nas vistas mas, nos últimos jogos, é um dianteiro com nome curioso que tem sobressaído: Michel Simplício.
O camisola 9 navalista (um número auspicioso) agarrou um lugar no onze e tem sido decisivo em diversos jogos, com destaque para o golo apontado frente ao Leixões, que fez vacilar o então líder da Liga mas, mais do que isso, permitiu ao clube inscrever o centésimo tento em encontros do escalão principal.
Quando o jogo terminou, Simplício nem fazia ideia da importância do golo que acabara de marcar e não escondeu a surpresa. «É a primeira vez que o meu nome fica ligado desta forma à história de um clube. Nem sabia, na altura. Foram os meus companheiros que me falaram disso, no final do jogo. Fiquei muito feliz», confessa o jogador, que resolveu dedicar o golo, o primeiro em Portugal, à esposa.
A Naval procura reencontrar-se de novo com aquela equipa autoritária que disparou na classificação logo nas primeiras jornadas já que os jogos mais recentes têm revelado um conjunto hesitante e que já não ganha há mês e meio, desde o célebre triunfo sobre o F.C. Porto. «Estamos a conversar para resolver esta situação. Apanhámos os grandes e algumas equipas do fundo da tabela, ainda por cima fora, o que é sempre difícil. Mas acredito que vamos recuperar e fazer um bom campeonato», afiança.
Dar a volta da Taça
O próximo adversário dos navalistas é o Portimonense, da Liga de Honra, em encontro a contar para a Taça de Portugal e o avançado brasileiro acredita que este poderá ser o jogo ideal para o regresso aos bons resultados, ainda para mais frente a um conjunto com o qual têm contas a ajustar: «Acreditamos que podemos dar a volta por cima mas temos de ter cuidado porque foram eles que nos afastaram, no ano passado, da Taça da Liga. Uma vitória irá, seguramente, deixar-nos mais confiantes para o futuro.»