Quando Ulisses Morais referiu no último domingo que o caso Marcelinho estava nas mãos do presidente, em resposta à ausência do brasileiro do encontro com o Olhanense, levantaram-se desde logo suspeitas de que o jogador poderia estar sob alçada disciplinar ou em vias de ser transferido.
Nesta segunda-feira, segundo apurou o Maisfutebol, confirmou-se que ambas as versões estarão correctas. Vamos por partes. A Naval terá recebido, nos últimos dias, uma proposta para a venda dos direitos desportivos do seu principal goleador.
Os valores em causa rondaram os 600 mil euros e por detrás dessa oferta poderá estar o Sharjah, de Manuel Cajuda, que já fez saber estar interessado em levar dois ou três jogadores para o Médio Oriente, e é um grande apreciador das qualidades do avançado.
Acontece que Marcelinho, quando soube do possível negócio, solicitou que o seu nome fosse retirado da convocatória, com receio de uma eventual lesão. Os responsáveis figueirenses tomaram a atitude do jogador como uma grave falta de profissionalismo e, como tal, resolveram instaurar-lhe um processo disciplinar.
Em declarações à Agência Lusa, Aprígio Santos, presidente da Naval, confirmou este cenário: «Marcelinho demonstrou uma grande falta de respeito pelo clube ao qual presta serviço e que o está a projectar, isso não o admitimos a ninguém. Enquanto for jogador da Naval, tem de ser profissional e ter o maior respeito pela instituição que serve.»
Aguardam-se desenvolvimentos do caso nos próximos dias sendo que, até momento, jogador mantêm-se incontactável e o empresário recusou-se a falar do assunto.