A NBA anunciou o cancelamento das duas primeiras semanas de competição devido ao «lock-out». Continua a não haver acordo entre donos das várias equipas e os jogadores sobre um novo contrato colectivo, e por isso a temporada 2011-2012 deverá começar apenas a 14 de Novembro em vez do dia 1, como estava previsto inicialmente.

Apesar de uma nova reunião que durou mais de sete horas esta segunda-feira em Nova Iorque, o problema parece longe de estar resolvido : «As duas partes estão muito afatadas em quase todos os assuntos principais. Há um mar que nos separa», afirmou David Stern, comissário da liga norte-americana de basquetebol.

Por sua vez, Derek Fisher, jogador dos Lakers e presidente do sindicato, garante que a culpa não é dos atletas: «Não escolhemos estar nesta situação. Não chegámos a um ponto em que pudesse haver um acordo justo com a NBA.»

Os jogadores, que se arriscam a perder os salários, não se mostram disponíveis a abrir a mão do que julgam ser os seus direotos e pedem aos adeptos solidariedade : «O nosso coração diz-nos para jogar, mas a nossa mente pede-nos para ficarmos todos unidos. Temos muita pena de todos os empregados da NBA que perderem o emprego», lamentou Steve Nash, dos Phoenix Suns.

O «lock-out» começou no dia 1 de Julho, depois de o antigo contrato colectivo não ter sido renovado. As consequências são para já quebra nas receitas de bilheteira, audiências de televisão, e salários dos jogadores, e a o aumento do desemprego nos postos relacionados com o basquetebol. Durante o período, muitos atletas vão jogar no estrangeiro, como, por exemplo, Tony Parker, que estará ao serviço do Villeurbanne, de França.

É a segunda vez na história da NBA que vários jogos são cancelados por causa de conflitos laborais. Em 1998-1999, a época regular durou 50 jogos em vez de 82, e só começou em Fevereiro de 1999. O «lock-out» tinha durado 204 dias. O actual já ultrapassou os 100.