A National Football League (NFL) chegou por fim a acordo com os 121 árbitros que dirigem os jogos profissionais do futebol americano. O último lance da terceira jornada, na segunda-feira à noite, acelerou o processo e, assim, os substitutos que dirigiram as três primeiras rondas da liga passam à história, tal como a greve dos juízes principais.

Na segunda-feira, os Green Bay Packers foram até Seatlle para defrontar os Seahawks. Green Bay vencia, quando, na última jogada, Seatlle conseguiu pontuar com um «touchdown» e assim vencer o jogo.

No entanto, o lance levou a imensa controvérsia. Primeiro porque o jogador de Seatlle fez uma falta ofensiva, ao empurrar um defesa, e, depois, porque as imagens mostraram que MD Jennings (Packers) terá agarrado a bola primeiro que Golden Tate, o jogador do ataque dos Seahawks. Mesmo com o recurso ao vídeo, algo que na NFL é possível, os juízes não mudaram a decisão e concederam o «touchdown» a Seatlle, esquecendo, desde logo, a falta de Tate no início da jogada.

O acordo agora atingido é por oito anos, o mais longo da história da NFL. Os árbitros principais voltam à ação já na quinta-feira, dia em que os Cleveland Browns defrontam os Baltimore Ravens. Curiosamente, estes últimos estiveram num dos jogos mais controversos de domingo, com o treinador adversário desse encontro, Bill Belichik, dos New England Patriots, a ser multado em 50 mil dólares por puxar pelo braço um árbitro, a quem exigia uma explicação.

Ainda assim, falta ratificar o acordo, ou seja, os juízes terão ainda de votar a favor do mesmo, algo que apenas farão sexta e sábado. O comissário da NFL, Roger Goodell, já assegurou que o jogo de quinta-feira, que abre a quarta jornada, será dirigido por uma equipa de árbitros oficiais e não pelos substitutos.

Na origem desta greve estão algumas reclamações dos árbitros. O sindicato abriu negociações com vista a uma melhoria nos salários e benefícios após a reforma.

Refira-se que esta não é a primeira vez que há árbitros substitutos no futebol americano profissional. Já em 2001 a NFL teve de recorrer a juízes «suplentes», mas nessa altura a liga conseguiu remediar a situação com árbitros de primeiro nível do futebol universitário, ao contrário do que aconteceu neste ano.