Em Portugal está um dos jogadores mais consagrados do râguebi mundial. Waisale Serevi, uma espécie de Zidane ou Figo do râguebi, como lhe chamaram as crianças que tiveram a oportunidade de treinar com a estrela das Ilhas Fiji, adiantou que os campeões mundiais de Sevens vão fazer tudo para vencer a equipa nacional neste sábado.
«O jogo contra Portugal é muito importante para nós», começou por dizer, justificando-se de seguida: «Vimos de uma derrota contra o País de Gales e pretendemos voltar às vitórias. Não queremos que isso volte a acontecer [perder]. Já disse aos jogadores que o objectivo é ganhar e que o resultado é muito importante».
Portugal ainda está longe do «top», mas há sinais que indicam que pode ir mais longe e, quem sabe, ser uma das melhores selecções do mundo. «Muito calmamente Portugal começa a aparecer nesta modalidade, porque aqui há um desporto dominante, que é o futebol. Nas Ilhas Fiji só jogamos râguebi, é a nossa paixão. É difícil dizer se Portugal vai ser um dos melhores países no râguebi, pois isso nunca se sabe», revelou ao Maisfutebol o melhor jogador de Sevens.
Serevi explicou no final da sessão que decorreu no Estádio Nacional por que é importante desenvolver a modalidade no nosso país e trabalhar com os mais novos. «Estou a gostar de aqui estar e de trabalhar com os mais jovens. Neste momento estou a colaborar com a Federação Internacional de Râguebi para ajudar a desenvolver a modalidade, sobretudo a trabalhar com crianças. É uma honra poder estar aqui a ajudar e a desenvolver a modalidade, sobretudo num país em que onde o râguebi não é o desporto mais importante», explicou.
Um momento único para os jovens
Após o animado treino das Ilhas Fiji, sempre em ritmo descontraído mas levado a sério por todos os jogadores, com muitos gritos e gargalhadas à mistura, Serevi treinou com jovens de algumas escolas de râguebi portuguesas, como o Belenenses, o CDUL, o Cascais e o Direito. «O que lhes digo é que têm de se esforçar e trabalhar bastante, mas isso é uma regra que se aplica a todos os desportos», adiantou.
Do outro lado, os olhos dos miúdos brilhavam por poderem jogar ao lado de um dos melhores do mundo. «É muito bom podermos jogar ou treinar com eles. É uma sensação diferente. Divertimo-nos muito. É como se estivéssemos a jogar com o Zidane ou com o Figo», disse o felizardo António Cruz, jogador do Belenenses.

João Sebina, do CDUL, partilha da mesma opinião: «É óptimo. Jogar ao lado de grandes jogadores é muito bom, nunca pensei que pudesse acontecer. É uma boa iniciativa, porque temos a oportunidade de treinar com os melhores do mundo. O futebol é um desporto totalmente diferente do râguebi. Eles levam um toque e queixam-se e nós aqui não, temos de continuar a jogar. É muito mais físico.»
Sereli Bobo é um dos nomes mais conhecidos no râguebi mundial. O fijiano, uma das estrelas da companhia, contou ao Maisfutebol que jogou no nosso país, mas que pouco conhece da modalidade.
Bobo
Sereli Bobo, um nome bem conhecido no râguebi mundial, é outra das estrelas da companhia nas Ilhas Fiji. O jogador contou ao Maisfutebol que jogou no nosso país, mas que pouco conhece da modalidade.
«Não conheço muito bem o râguebi português», começou por dizer o antigo jogador do Cascais. «Estou muito feliz por poder estar de novo aqui, um país totalmente diferente das Ilhas Fiji, que é muito mais pequeno do que Portugal. Lá o clima é muito melhor e está quase sempre sol.»
Sobre o encontro de sábado com a selecção nacional, Bobo só tem um pensamento: vencer. «O objectivo frente à equipa portuguesa é o mesmo de sempre, ou seja, trabalhar para conseguirmos ganhar. Temos de ser nós próprios e jogar como sabemos, bem», concluiu.