O Tribunal Arbitral do Desporto promoveu nesta segunda-feira uma audiência, em Lausanne (Suíça), para recolher informações sobre o «caso Nuno Assis». O Benfica e a Federação Portuguesa de Futebol explicaram as respectivas posições, contrárias à acusação da Agência Mundial Antidopagem, que pede uma suspensão até dois anos depois de o Governo português ter contestado a forma como o processo foi conduzido em Portugal.
«A audiência decorreu dentro do esperado. O Tribunal Arbitral do Desporto promoveu uma audiência exigente, mas os nossos especialistas apresentaram da melhor forma os seus argumentos e resta-nos esperar pela decisão final», sintetizou Andrade e Sousa, advogado do Benfica, ao Maisfutebol, momento antes do embarque para o regresso ao nosso país.
O jogador foi representado pelo causídico do clube encarnado, que se fez acompanhar pelo responsável médico, João Paulo Almeida, por Humberto Ferreira, engenheiro químico e professor de estatística, e por Jorge Barbosa, perito em toxicologia.
A Federação Portuguesa de Futebol, outra das partes sobre quem recaem acusações, também reconheceu que a audiência realizada na Suíça foi «intensa». Paulo Relógio, advogado do organismo, explicou à Agência Lusa que o Tribunal Arbitral do Desporto deverá tomar uma decisão até ao final do ano.
«Não posso prever ou antecipar a decisão. No fim de um jogo sabemos qual é o resultado, mas no final de uma audiência nunca se sabe. Duas ou três semanas será um prazo razoável para se conhecer a sentença. A Federação fez uma exposição de motivos, uma vez que para o organismo era uma questão de direito. Foi um dia de trabalho intenso», concluiu Paulo Relógio.