A portuguesa Ticha Penicheiro, rainha das assistências da história da Liga norte-americana feminina de basquetebol profissional (WNBA), decidiu terminar a sua carreira, despedindo-se com um «obrigado por todo o apoio».
Na sua página oficial na Internet, a melhor jogadora portuguesa de história anunciou o abandono do basquetebol, «que foi e será sempre» o seu «primeiro amor», devido a uma série de lesões que quase não a deixaram jogar na presente temporada.
«O basquetebol foi-me apresentado pelo meu pai e o meu irmão e foi e será sempre o meu primeiro amor. Nunca, num milhão de anos, pensei que este jogo me pudesse dar tanto. Pessoas que conheci, lugares para onde viajei, memórias que guardarei para sempre, amizades que durarão uma vida», escreveu Ticha.
A base lusa sabia que «chegaria o dia de dizer adeus e pendurar as Nike e, após uma época muito frustrante, com muitas lesões, chegou, definitivamente o momento de abandona.
Na hora do adeus, Ticha afirmou que existem «muitas pessoas responsáveis» pelo seu sucesso no basquetebol, agradecendo «a Deus pelo talento», por a ter «abençoado».
«Nunca tomei nada por garantido e sempre respeitei e honrei o basquetebol», disse ainda Ticha Penicheiro, manifestando o «orgulho» por «ser portuguesa» e frisando que «sempre tentou representar Portugal com a melhor da sua habilidade».
A base portuguesa deixou uma mensagem: «Não interessa de onde somos. Se têm sonhos, acreditem neles e trabalhem no duro para os tornar realidade».
Na grande lista de agradecimentos, entram os amigos, os treinadores, as colegas de equipa, os agentes, a WNBA e «por último, mas não menos importante, os adeptos».
Ticha Penicheiro cumpriu grande parte da sua carreira na WNBA, a competição mais importante do basquetebol feminino, que abandona como a ¿rainha¿ das assistências: lidera a lista histórica em termos totais (2.597) e de média (5,7).
A internacional lusa ¿ representou Portugal em mais de 100 jogos ¿ segue ainda como segunda no ranking de roubos de bola (763) e quinta no total de minutos (12.783), isto ao serviço das Sacramento Monarchs, que ajudou a chegar ao título em 2005, das LA Sparks e das Chicago Fire, sempre com o número 21.
Nos intervalos da WNBA, Ticha atuou também em várias equipas europeias, nomeadamente no Spartak Moscovo, vencendo a Euroliga, USK Praga, Galatasaray, TTT Riga, Vallencienes, Ekaterinburgo, Gdynia ou Lavezzini Parma.