890 dias depois do começo, ao fim de 820 jogos que renderam 2303 golos, a fase de qualificação para o Mundial 2014 chegou ao fim. Conhecidas
as 32 seleções apuradas, é tempo de virar a página, passando em revista alguns números marcantes. Fique com as curiosidades e recordes desta longa marcha de dois anos e meio, iniciada com um Montserrat-Belize (2-5), a 15 de junho de 2011, e concluída com um
Uruguai-Jordânia (0-0), a 20 de novembro de 2013.
73800: aproximadamente os minutos de jogo (não contando com descontos e prolongamentos) em que a bola rolou no mundo durante os jogos de qualificação. Um total de 1230 horas, ou 51 dias consecutivos de futebol.
5716: o total de jogadores utilizados, de acordo com os dados da FIFA. As seleções europeias contribuíram com 1584, e as africanas, logo a seguir, com 1469. O menor contingente veio da Oceania: apenas 270.
203: o total de países participantes na fase de qualificação, menos dois do que em 2010. Este número não conta com o Brasil, já apurado na condição de país organizador.
Bahamas e
Maurícia desistiram durante a competição. A UEFA teve a maior fatia, com 53 países, mais um do que a Confederação Africana. Na América do Sul (Conmebol), face ao apuramento automático do Brasil só houve nove inscritos... e foram mais os apurados do que os eliminados. Na Oceania participaram 11 países e nenhum vai ao Mundial, já que a Austrália está inscrita na Confederação Asiática.
2,81: a média de golos marcados por jogo, ligeiramente superior à da qualificação em 2010 (2,75). A zona europeia contribuiu com quase um terço dos golos (749), a fatia mais pequena veio da Oceania (121).
24: o número de seleções que repetem a presença na fase final em relação ao Mundial de 2010. Só mudam oito equipas em relação ao anterior alinhamento:
Bélgica, Bósnia Herzegovina, Colômbia, Costa Rica, Croácia, Equador, Irão e
Rússia são as novidades. Perderam o lugar: África do Sul, Coreia do Norte, Eslováquia, Eslovénia, Dinamarca, Nova Zelândia, Paraguai e Sérvia.
6: o número de países sul-americanos presentes na fase final, um número só superado pelos sete que participaram na primeira edição do Mundial, em 1930. O peso sul-americano nesta edição é acentuado pelo facto de
quatro desses países terem estatuto de
cabeça de série no sorteio do próximo dia 6 de dezembro. Há quatro anos, tinha sido a Confederação Africana a fixar um recorde com seis representantes, mais um do que tem agora.
11: o total de golos apontados pelos melhores marcadores desta fase de apuramento:
Luis Suarez (Uruguai),
Robin van Persie (Holanda) e...
Deon McCaulay, do Belize. Quem? Pois: fique a saber que foi McCaulay a ter o melhor desempenho dos três, já que marcou 11 vezes em apenas oito jogos. Ah, e fez o primeiro hat-trick em toda a competição, logo no primeiro jogo, frente à seleção de Monserrat.
36: o total de golos conseguido pela seleção da
Alemanha, em dez jogos, o melhor ataque de toda a fase de qualificação. Mas, surpresa, os alemães não estão sozinhos: a seleção da
Nova Caledónia somou os mesmos 36 golos, embora com mais um jogo cumprido.
12: o número de seleções sem qualquer golo marcado nesta passagem pela fase de qualificação. Apenas uma delas é europeia:
Andorra.
10: as seleções que cumpriram a qualificação sem qualquer derrota. Sete são europeias (
Espanha, Alemanha, Holanda, Itália, Inglaterra, Bélgica e
Suíça) e duas africanas (
Costa do Marfim e
Nigéria). E a outra? Surpresa, surpresa: é a seleção das
Bahamas, que desistiu da competição ao fim de dois jogos, com duas vitórias e um saldo de golos de 10-0!
18: o número de jogos efetuado pelas seleções do
Uruguai e do
México, as que tiveram o percurso mais longo para chegar ao Brasil. Não contando com a seleção organizadora, a
Espanha e as cinco representantes de África foram as equipas com apuramento mais rápido: apenas tiveram de cumprir oito jogos.
10-0
: a maior goleada em toda a fase de qualificação. Aconteceu por duas vezes: no
Antigua-Ilhas Virgens Americanas (Concacaf) e no
Bahrain-Indonésia (zona asiática). O jogo com mais golos foi o
Tahiti-Samoa (10-1). Na Zona europeia, a maior goleada deu-se no
Ucrânia-São Marino (9-0). A seleção de São Marino foi, entre as 203, a que mais golos sofreu: 54 em dez jogos, média superior a cinco por jogo.
4: o número de selecionadores de nacionalidade alemã que garantiram presença no Brasil: além de
Joachim Löw, treinador da Mannschaft,
Jürgen Klinsmann (EUA),
Ottmar Hitzfeld (Suíça) e
Volker Finke (Camarões) formam o maior contingente no Mundial, admitindo que não haja mudanças de comando técnico até lá. Portugal terá, pela primeira vez, três representantes (
Paulo Bento, Fernando Santos e
Carlos Queiroz), tantos como Itália, Colômbia e Argentina.
4: o número de selecionadores utilizados pela seleção mexicana neste percurso de qualificação, em menos de ano e meio, com
Miguel Herrera a somar duas vitórias e a completar a tarefa iniciada por
LaTorre, Luis Tena e
Victor Vucetich.
10: os selecionadores que podem repetir presenças em fases finais, entre eles o português
Carlos Queiroz (Irão).
Luiz Felipe Scolari (Brasil) e
Oscar Tabarez (Uruguai) são os únicos que apontam à terceira presença em fases finais.
41: a idade do francês
Sabri Lamouchi, atual selecionador da Costa do Marfim. Mantendo-se no comando dos
Elefantes será o selecionador mais jovem em ação. No pólo oposto, o italiano
Fabio Capello (Rússia) deverá começar o Mundial com 68 anos, sendo o mais velho dos 32 apurados.
59º: o lugar ocupado pela seleção de
Camarões no atual ranking da FIFA, o mais baixo entre os 32 participantes.
20
: o total de participações do
Brasil, único totalista em fases finais.
Alemanha e
Itália vêm a seguir, tendo garantido a 18ª.
0: o número de seleções da Escandinávia apuradas para a fase final. Algo que já não acontecia há 32 anos, desde o Mundial 1982.
77: o total de países referenciados no ranking de presenças em fases finais de Mundiais, com a chegada da Bósnia Herzegovina, única estreante em 2014. Segundo os critérios atuais da FIFA, Rússia, Rep. Checa e Sérvia acumulam no seu palmarés os resultados obtidos pelas extintas União Soviética, Checoslováquia e Jugoslávia.
Portugal ocupa o 18º lugar, em total de pontos, o 14º em lugares de honra e o 7º em média de pontos por jogo.
Mundial-2014
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22 nov 2013, 10:29
O apuramento, 890 dias e 2303 golos mais tarde
As curiosidades e os números marcantes da fase de qualificação
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