Quem se recorda de Pedro Martins enquanto jogador lembra-se, seguramente, de um médio de grande capacidade que nunca virava a cara a uma disputa de bola. Foi assim, por exemplo, no Vitória de Guimarães, no Sporting e no Boavista. Hoje, embora sentado no banco de suplentes, a postura mantém-se. Sem medo de nada nem de ninguém, mantém a atitude competitiva e uma enorme vontade de vencer.

«Estamos preparados para contrariar a história. A história vale o que vale e estamos preparados e confiantes. Vimos de um bom resultado, diante de uma boa equipa, e isso dá-nos uma confiança acrescida. A semana foi boa, foi bem preparada e espero que consigamos pôr na prática tudo o que somos» lançou o técnico dos insulares na antevisão à visita ao Dragão uma semana depois de ter derrotado o maior rival dos azuis e brancos.

Ainda assim, a ambição não lhe tolhe o discernimento e Pedro Martins tem a noção que se prepara para uma brava batalha. No entanto, entre elogios à postura dos campeões nacionais, o técnico verde-rubro recusa-se a deitar a toalha ao chão. Até porque, há duas épocas, a vitória pode muito bem ter batido com estrondo na barra.

«Espero um FC Porto forte como é evidente. São uma equipa fortíssima em casa que raramente perde pontos quanto mais perder jogos. É um candidato ao título, portanto antevemos um jogo de um grau de dificuldade muito elevado porque é das melhores equipas em Portugal (...). Há duas época podíamos ter ganho quando aos 80 minutos tivemos uma oportunidade. Espero que agora seja diferente e que consigamos vencer no Dragão porque é o último campo que ainda não vencemos», analisou.

Nem mesmo depois dos dragões terem suado e muito para vergarem o Vitória de Setúbal, Pedro Martins acredita em facilidades nem num FC Porto mais fraco que o da última época.

«[Acredita num FC Porto mais fraco?]De maneira nenhuma. Aliás, a prova disso é a pré-época que o FC Porto teve. Começou a vencer no campeonato e já conquistou a Supertaça. Houve muitas entradas, é verdade, e duas saídas, uma mais importante e que tem a ver com o Moutinho que era mais preponderante na manobra do que o James (...). As equipas grandes têm que estar sempre alerta, têm a pressão constante de ganhar todos os jogos e lutar por um objetivo. Por isso espero um jogo muito complicado» rematou em jeito de conclusão.