É dos poucos nomes que passaram pelo futebol português, a par de Rui Costa e Deco, que associo de imediato o número da camisola ao jogador: Krassimir Balakov. Um verdadeiro número 10 em todos os sentidos que o número tem para o futebol. Durante quase cinco anos, entre 1990 e 1995, impregnou de luxo o meio-campo de uma das melhores equipas do Sporting de todos os tempos que, apesar de tudo, pouco ganhou. Despediu-se com a conquista da Taça de Portugal, o único troféu que festejou em Alvalade.

Poucos são os jogadores que deixam saudades sem conquistar títulos. Balakov é um desses. Quem acompanhou a sua carreira não pode esquecer aquele golo ao V. Setúbal, no Bonfim, na temporada de 1993/94. Tal como Maradona no Mundial-86, Balakov arrancou do meio-campo, driblou três adversários, passou pelo guarda-redes e atirou para as redes vazias (reveja o golo no fundo da página).

Numa equipa recheada de estrelas, como Valkx, Paulo Sousa, Luís Figo, Juskowiak, Iordanov ou Cherbakov, todo o futebol do Sporting circulava à volta do pé esquerdo do talentoso búlgaro. Uma combinação perfeita entre força bruta e um toque de bola gracioso, que aplicava no transporte da bola, na abertura de espaços e mesmo na marcação de golos espectaculares. Como aquele que marcou ao Benfica no primeiro minuto de jogo e que ficou para a história como um dos golos mais rápidos de sempre.

Foi sem dúvida um dos melhores estrangeiros a passar pelo campeonato português e um dos poucos que fizeram jus à camisola 10. Exímio na marcação de livres, deixando Figo a aprender, perfeito nos lançamentos em profundidade, poderoso nas arrancadas, inteligente na distribuição.

Um verdadeiro número 10.

Recorde alguns dos melhores momentos de Balakov no Sporting



Um grande golo na Luz:



E um dos melhores golos em Portugal, ao V. Setúbal: