João Vieira Pinto vê com tristeza o falecimento de Mário Wilson, aos 86 anos, e diz que vai guardar na memória muitos dos momentos que passou com o «capitão» e o treinador agora falecido.

«Guardo as melhores recordações. Foi uma pessoa que me marcou imenso e que fez de mim melhor pessoa. Tenho imensas recordações com o capitão. Por isso, é com muita tristeza que o vejo partir, mas a vida é mesmo assim. Ficam as boas lembranças. Foi meu amigo», começou por dizer, esta segunda-feira, na concentração da seleção nacional em Linda-a-Velha.

«Gostaria de dar as condolências à sua família. É um momento triste para todos nós», acrescentou, dizendo que a melhor homenagem que a seleção nacional pode fazer a Mário Wilson é «uma vénia»: «Como ele fazia a muita gente. Uma vénia a um ótimo treinador e a uma excelente pessoa.»

«Os sentimentos que mais recordo dele são a força, a sabedoria e uma enorme tranquilidade. Era isso que nos passava, não só no futebol, mas fora dele. Uma pessoa bem disposta, com tantas e tantas histórias. É aquilo que retenho, para além dos momentos que vivi com ele.»

De tantas histórias, João Vieira Pinto lembrou-se de uma em particular: «Quando era jogador e ele treinador, nos treinos sempre que eu tinha a bola, ele não queria que ninguém se aproximasse de mim, sobretudo os defesas mais duros, e começava a gritar. Os meus colegas começavam-se a rir. Tinha um carinho muito grande por mim e eu por ele, naturalmente. Sempre que falo sobre o capitão as histórias não param. Ele tinha muitas histórias, muitas e boas. Nunca ouvi ninguém falar mal dele.»