Olegário Benquerença considerou que a arbitragem portuguesa melhorou significativamente nos últimos anos, lembrando as dificuldades que os árbitros encontravam, por exemplo, nas décadas de 80 e 90.

«A arbitragem portuguesa está hoje muito mais preparada, tem gente que nasceu a arbitrar e para arbitrar e está imbuída num espírito focado numa carreira transparente. Hoje só mesmo por má-fé se pode dizer que a arbitragem portuguesa não está melhor relativamente ao passado», sublinhou em conversa com os jornalistas no final da cerimónia de entrega das Insígnias da FIFA aos 33 árbitros internacionais.

Olhando para o passado, Olegário não aponta o dedo unicamente aos árbitros, lembrando que o setor sempre teve bons profissionais.

«A culpa não era exclusivamente dos árbitros, é bom que se sublinhe isto. Sempre houve árbitros sérios, honestos e trabalhadores. Nessa altura não tínhamos êxitos internacionais, mas depois lá fomos conseguindo ser bem-sucedidos lá fora», analisou.

Em jeito conclusão, Olegário Benquerença acredita que a modalidade só tem a ganhar se todos os intervenientes andarem de braço dado.

«A arbitragem e o futebol têm que estar interligados. Se não estivermos todos do mesmo lado, se não percebermos que só unidos podemos valorizar o espetáculo para que as coisas melhorem andamos a matar a galinha dos ovos de ouro e daqui a meia dúzia de anos teremos menos gente nos estádios, mais equipas falidas, mais ordenados em atraso. É bom que se perceba que a arbitragem é parte integrante do futebol», finalizou.