Daúto Faquirá dá como garantida a permanência do Olhanense, projectando agora a equipa para a melhor pontuação e classificação possíveis. Frente ao Sp. Braga, no domingio, os algarvios querem limpar a má imagem da última jornada.

«A questão da nossa permanência penso que é um dado adquirido. Em termos matemáticos, nem sei se a vitória nos trará esse objectivo como um facto consumado, mas entre nós, já o disse antes que não voltaria a falar disso porque se tratava de um dado adquirido, mais tarde ou mais cedo. Agora, em função da valorização e da pontuação que queremos obter, e que será para nós a maior possível, este jogo insere-se nesse quadro. Em relação ao Sp. Braga, as suas intenções dizem-lhes respeito. Sabemos que é uma equipa fortíssima, mas tem menos pontos que nós fora de casa. Mas em função daquilo que têm sido os seus últimos resultados, especialmente na Liga Europa, estará mais forte e mais moralizada, o que nos trará dificuldades acrescidas. Na linha do que tem sido a postura da nossa equipa em casa, faremos tudo para garantir os três pontos», proemte o treinador do Olhanense.

O ciclo de cinco jogos sem vencer e três sem marcar não preocupa Daúto Faquirá: «Não se passa nada. Tudo depende das leituras e interpretações que se fazem. Nós, na segunda volta, temos conseguido melhores resultados fora de casa. Diria que a equipa, nos últimos 7/8 jogos, perdeu dois: com o FC Porto e com o Marítimo. Portanto, tudo é relativo, depende da maneira como olhamos as coisas. A equipa tem estado bem mas reconheço que o último jogo foi pouco conseguido, as coisas não nos correram de feição mas, sem fugir às responsabilidades, perdemos contra uma equipa melhor e mais forte que nós, que soube ser eficaz. Em casa, é uma questão de mantermos a bitola. Só fomos derrotados uma vez, empatámos com o Sporting - penso que é um resultado conseguido -, fomos empatar a Setúbal de forma imerecida. Estarmos com a actual pontuação e tendo pela frente cinco jogos em casa e dois fora, é uma evidência de que estaremos em condições de fazer uma pontuação que não deslustre, e vá ao encontro daquilo que colocámos como fasquia», diz.

A derrota com o Marítimo não vai influir no rendimento da equipa diante dos «arsenalistas». «Foi a única vez em que sofremos quatro golos, sendo uma equipa que tem colocado o acento na organização. Este jogo foi uma excepção, mas o futebol é mesmo assim e não será isso que nos vai abalar. Não há dor que o trabalho semanal e o descanso que tivemos não consiga vencer. Sabemos que erros cometemos e o mais importante é que o espírito do Olhanense nunca é vencido quando é derrotado. Ele é vencido quando se rende, mas isso nunca vamos deixar que aconteça. Nenhum momento menos bom abala a nossa estrutura, assente em bases sólidas», garante.

Daúto Faquirá considera o Sp.Braga como o 3º grande e o adversário ideal para valorizar a carreira dos algarvios. «É, indiscutivelmente, uma das quatro melhores equipas...neste momento das três melhores equipas portuguesas. Quando acabou o último jogo, tive oportunidade de falar com a minha equipa e dizer que o melhor que nos podia acontecer era jogar contra o Sp. Braga, uma equipa que nos vai colocar muitos problemas, o vice-campeão que tem feito um crescimento sustentado como clube e uma equipa com dimensão distinta da nossa. Por isso, também temos muita vontade de fazer aqui um bom jogo, muita esperança em ganhar e nada melhor que esta equipa fortíssima do Sp. Braga para apagarmos ou minorarmos os efeitos da dor que nos colocou a última derrota.»

O técnico do Olhanense não vai contar com Mexer no domingo, uma vez que o defesa está ao serviço da selecção moçambicana.