Depois de ter caído para último com a derrota em Paços de Ferreira, o Olhanense prepara-se para receber o Marítimo. Giuseppe Galderisi acredita num bom resultado, mas adverte para a qualidade do adversário. O treinador do Olhanense explicou também o porquê de alinhar oito jogadores quando a equipa sai com a bola do meio-campo.

«Neste momento, todos os jogos são importantes para nós. Não temos tempo a perder e temos de fazer o melhor que pudermos. Não fomos felizes com o resultado em Paços de Ferreira, mas acredito muito na minha equipa. Trabalhamos muito forte, e se continuarmos assim, os resultados vão aparecer», começou por dizer o treinador italiano.

«Vi com os meus olhos o Marítimo em Lisboa, no jogo com o Benfica. É uma ótima equipa! Está muito bem estruturada, bem organizada, gosto do Pedro Martins como treinador. Não é fácil e nem todos são capazes de ganhar ao FC Porto. E isso atesta o seu valor. Estão com a máxima confiança e vamos ter de estar muito determinados para mostramos a nossa força. Temos de ser organizados e melhores nos últimos vinte metros», acrescentou.

Galderisi está satisfeito com os reforços de janeiro, mas também tem fé nos jogadores que já faziam parte do plantel. «Eu acredito em todo o grupo. São jogadores importantes, mas que também têm de fazer bem o seu trabalho. O Santana, o Paulo Sérgio e o Marreco (Tozé) estão a melhorar, o Sampirisi jogou 90 minutos (em Paços de Ferreira)… pouco a pouco os novos caminham para a total disponibilidade. Mas, repito, precisamos de todos», vincou.

O momento do Olhanense é complicado e por isso o treinador fez um apelo aos adeptos: «Peço, em nome pessoal, para virem ao jogo, mesmo que esteja chuva ou vento, porque precisamos muito deles. Este é o momento dos adeptos que amam o Olhanense!»

Por fim, a explicação de uma marca pessoal que colocou na equipa: as saídas de bola do meio-campo (no início, ou reinício do jogo, ou quando sofre golos), são feitas com oito jogadores alinhados com a linha do meio-campo, deixando só dois defesas à frente do guarda-redes. 

«Trabalho com jogadores que estão convictos daquilo que fazem. A única coisa que proponho é que eles acreditem nisso. O meu objetivo é fazer golo após dez segundos. É um início de jogada que sempre faço e que me tem dado resultado. Acredito muito nisso. Não é arriscado defensivamente porque estamos organizados para defender, desde que os jogadores saibam o que têm de fazer. Em Paços de Ferreira sofremos um golo devido a um erro de um jogador que passou mal a bola. É um erro individual que não tem a ver com o início da jogada. Eu proponho esse início de jogo e os jogadores estão convictos que podem marcar, e isso também transmite uma perspetiva ofensiva à equipa», justificou.