Um golo de Diakhité perto do final, evitou a derrota do Olhanense e penalizou a falta de ambição do Marítimo na segunda-parte. Derley colocou os insulares em vantagem, logo aos três minutos.

Em relação ao jogo em Paços de Ferreira, Giuseppe Galderisi mudou quase meia equipa. Dionisi, castigado, já se sabia que não podia ir a jogo, e, além do italiano, Belec, Diakhité, Rui Duarte e Regula, não figuraram no onze inicial.

Galderisi não mudou só de protagonistas, alterando também o esquema da equipa. Deixou de lado o 4x4x2, e colocou-a em 4x2x3x1. Fica a incerteza se mudou em função do adversário, ou se o fez por causa do mau tempo que deixou o relvado pesado. Só assim poderá fazer sentido Rui Duarte no banco, e o reforço do meio-campo com pesos-pesados, como Obodo e Lucas Souza.

Santana também foi titular e jogou atrás de Mehmeti. O internacional argentino mostrou bons pormenores, mas ainda está longe da forma física ideal. E até acabou por sair lesionado. Mas, na retina ficou uma bomba à barra da baliza de Salin.

Pedro Martins só mexeu numa peça, na equipa que derrotou o FC Porto. João Diogo (lesionado) cedeu o lugar a Ruben Ferreira. E, tal como no jogo com os campeões nacionais, também beneficiou de uma grande penalidade nos primeiros minutos para se colocar em vantagem. Lucas Souza derrubou Nuno Rocha, mas ficam dúvidas se o fez dentro da área. Os algarvios protestaram, mas o árbitro foi perentório a assinalar a infração. Derley não desperdiçou, aos quatro minutos.

A jogar contra a forte ventania, o Olhanense teve dificuldades em reagir. O Marítimo não concedeu espaços aos algarvios, que tiveram que atacar pela via mais desaconselhável, dado ter o vento contra: o futebol direto.
Assim, rara era a bola que levantada, não voltava para trás. A tranquilidade de Salin apenas foi interrompida quando Santana rematou à barra.

Na inversão de campo e benefícios em relação ao vento, o Olhanense não conseguiu capitalizar isso a seu favor, mas Salin continuou a ver o jogo sem grandes complicações. Tal como Ricardo, porque o Marítimo limitou-se a gerir o tempo e o marcador, e pouco investiu no ataque.

O melhor para os algarvios estava reservado para o fim: aos 87, Galderisi trocou Femi pelo defesa senegalês Diakhité. Uma decisão que foi contestada pelos adeptos… mas por pouco tempo, pois no minuto seguinte Diakhité recargou uma bola saída de um cacho de jogadores, empatando o jogo.

Até ao lavar dos cestos é vindima, mas como o jogo se estava a desenrolar poucos adivinhariam que os 
algarvios conseguissem marcar. O Marítimo viu escapar-lhe uma vitória que parecia segura, mas cedo também abdicou do ataque. O empate não serve os objetivos das duas equipas.