Repetir 1944/45. É esta a meta de Daúto Faquirá para o Olhanense na Taça de Portugal. Tal significaria que o clube algarvio voltaria a disputar a final da competição (perdeu por 1-0 com o Sporting), situação que seria inédita para o treinador.

«No campeonato queremos fazer melhor que na última época. Na Taça da Liga queríamos continuar, quer pelo aspecto desportivo, como pelo financeiro. Na Taça de Portugal, tal como as outras equipas, queremos ir o mais longe possível, sonhar faz parte da vida e não descuramos isso. Nunca fui a uma final da Taça de Portugal e seria muito bonito. Se acontecesse nesta época, ano de centenário do clube, seria mais giro. Mas não será tanto pela efeméride e pela longevidade e vitalidade do clube que gostaríamos de ir à final. É mesmo porque gostávamos, é um sonho, e o sonho comanda a vida. E era sinal que falavam de nós e de Olhão, cidade que também temos elevado», idealizou o treinador do Olhanense, na abordagem ao jogo com o Alcochetense, para a Taça de Portugal, neste domingo (14.30h), em Alcochete.

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«A minha preocupação é a mesma de sempre. É a mesma que tive nos jogos com o F C Porto, com o Estoril, com o Pampilhosa. Os níveis de preocupação, trabalho e até o mais ínfimo pormenor, foram os mesmos. E, como é normal da minha parte e da minha equipa, o Alcochetense merece o máximo respeito. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, reconhecendo o nosso favoritismo, mas a assumpção desse mesmo favoritismo implica que a equipa esteja ao mais alto nível. Temos sempre os níveis de vigilância elevados, umas vezes ganhamos, outras nem tanto, como aconteceu com o Estoril (Taça da Liga), mas isso não nos retira mérito em termos do que fizemos e trabalhamos, até porque não jogamos sozinhos», declarou Faquirá.

«Fomos criticados depois do jogo com o Estoril. Mas a resposta que demos na Taça de Portugal foi muito boa, apesar de termos defrontado uma equipa de uma divisão inferior e que fez tudo para criar-nos dificuldades. Agora vamos encontrar um adversário que já eliminou uma equipa da liga (U.Leiria), estamos por isso à espera de encontrar dificuldades. Mas vamos lá para passar», garante o treinador.

Muitos ausentes

Para o jogo em Alcochete, Daúto Faquirá vai ter de proceder a várias alterações, por via da indisponibilidade física de vários jogadores. Fernando Alexandre recupera de uma intervenção cirúrgica na face (tem para mais 2/3 semanas), André Micael, é operado hoje ao joelho esquerdo (menisco) e vai ficar ausente cerca de 4 semanas e Nuno Piloto tem cirurgia marcada ao joelho direito, para dia 28 deste mês. Yontcha (contratura na coxa esquerda) e Figueroa (contratura no adutor direito) dificilmente vão a jogo.

Ivanildo regressou da sua selecção (Guiné-Bissau) com dores numa coxa e estará ausente, bem como Jander e Ismaily, recuperados mas sem ritmo competitivo. De regresso deverão estar João Gonçalves e Mateus. André Pinto deverá ser poupado pelo treinador. «Temos um plantel muito competitivo em número e em qualidade. Nada retirará competência e força à gestão da nossa equipa.», assume Daúto Faquirá.

Nos últimos tempos, vários jogadores do Olhanense têm sido colocados na órbita de outros clubes. «Nesta altura, próxima da janela de reabertura de mercado, fala-se, escreve-se e especula-se sempre muito. E o treinador, enquanto gestor de recursos humanos, tem de estar preparado para tudo. É normal, mas não vou gastar energias com isso. A minha maior preocupação é o jogo de domingo em Alcochete. Mas é bom que se fale dos jogadores, que vieram para cá à procura de um espaço de afirmação e estão a conseguir. Isso é sinal de que estamos a trabalhar bem», concluiu.