Passo importante do Paços de Ferreira rumo à manutenção. A vitória da equipa de Henrique Calisto em Olhão alargou o fosso que a separa dos lugares de descida. Caetano e Cohene marcaram para os visitantes e Salvador Agra apontou o golo dos algarvios.

Depois de cumprir castigo na última jornada, Maurício voltou a comandar a defesa do Olhanense. Mateus ganhou um lugar no onze por via do castigo de Rui Duarte e Dady recuperou a titularidade no centro do ataque, relegando Victor Meza para o banco. Sem novidades quanto aos restantes protagonistas, bem como na habitual conceção tática, em 4x2x3x1.

Henrique Calisto apenas dispôs de 16 jogadores. Javier Cohene, que estava em dúvida, recuperou e fez parelha com Ricardo no eixo da defesa, libertando Filipe Anunciação para trinco, o seu habitual lugar. Vítor e Luiz Carlos completaram as posições intermédias da equipa pacense. Caetano, encostado na ala direita, e Melgarejo, na esquerda, não tiveram um posicionamento rígido e apareceram bastas vezes na zona central, pertencente a Michel.

Com o 4x3x3 do Paços de Ferreira, as equipas pareciam encaixadas uma na outra. A mentalidade aberta que colocaram em campo deu-lhes liberdade e vontade de ganhar, resultando num jogo aberto e vistoso. O Olhanense poderá ter tido mais posse de bola, mas em oportunidades de golo imperou a equivalência.

Marcar cedo é cedo... perder

O Olhanense foi o primeiro a descobrir a baliza, com Salvador Agra a ver Cássio anular-lhe a fuga que tinha empreendido, aos 2 minutos. Aos 8, o extremo teve melhor sorte e aproveitou uma assistência de Wilson Eduardo, para inaugurar o marcador.

Quando, aparentemente, tinha o jogo controlado, num dos poucos momentos de supremacia de uma equipa, o Olhanense deixou-se surpreender por uma transição rápida do Paços de Ferreira, que empatou o jogo. Aos 25 minutos, Melgarejo, na esquerda, ganhou sobre Vasco Fernandes e cruzou para Caetano finalizar à entrada da pequena área.

Na segunda parte os visitantes entraram mais determinados e chegaram à vantagem: aos 49 minutos, Cohene marcou de cabeça, ao primeiro poste, na sequência de um canto.

Em desvantagem, Sérgio Conceição arriscou tudo e lançou, espaçadamente, Meza, Djalmir e Toy, retirando Dady, Cauê e Vasco Fernandes, em câmbios claramente mais ofensivos. Mas, ter mais gente com essas características, nem sempre significa estar mais próximo do golo. O Olhanense ganhou metros no meio-campo adversário mas pouco perigo conseguiu criar para a baliza de Cássio. E, nesse capítulo, foram do Paços as melhores oportunidades para modificar o marcador, acabando assim por justificar a preciosa vitória.