O Olhanense joga domingo na Pampilhosa mais do que uma eliminatória da Taça de Portugal. O clube algarvio ainda está combalido pela eliminação da Taça da Liga, na passada quarta-feira, com o Estoril.

«Os jogadores, mais do que ninguém, queriam ter passado essa eliminatória. Éramos os favoritos, tínhamos obrigação de ganhar, mas falhámos. Não há como contornar a questão e nós, equipa técnica, assumimos o fracasso. Mas o futebol é mesmo assim e não podemos estar aqui a lamentar-nos. Vamos pensar no nosso principal objectivo, que é o campeonato, e aí os jogadores estão a ter uma prestação muito boa. Não são estes momentos menos bons que nos vão abalar», garantiu o treinador Daúto Faquirá, na antevisão ao jogo com o Pampilhosa.

«No domingo vamos tentar procurar, e conseguir de certeza, passar esta eliminatória. Que não vai substituir a eliminação na Taça da Liga, são competições distintas, mas que nos pode dar uma alegria», desejou. «A Taça de Portugal é uma competição sui generis e onde queremos ir o mais longe possível. E, mesmo suspeitando da equipa do Pampilhosa, que é da terceira divisão, temos que descobrir qual será o caminho mais fácil para seguirmos na competição. Respeitamos o adversário mas naturalmente somos favoritos. Assumimos isso».

O jogo com o Estoril, para além das consequências financeiras e morais da eliminação, também causou mossa física na equipa. Mateus e Nuno Piloto lesionaram-se e estão afastados do jogo da Taça de Portugal, juntando-se, pelos mesmos motivos (lesão), a André Micael, Luís Filipe e Jander. Daúto Faquirá também não vai poder contar com Salvador Agra e Wilson Eduardo (na Selecção Nacional Sub-21), Mexer e Ivanildo, nas selecções de Moçambique e Guiné-Bissau, respectivamente.

«Haverá mudanças que advêm forçosamente de jogadores que estão nas selecções, neste jogo da Taça da Liga perdemos também por lesão, o Mateus e o Nuno (Piloto), que deverá ter uma paragem mais prolongada. Naturalmente que ficamos com menos opções mas as alterações serão pontuais», assume o técnico.

O caso mais complicado afecta Nuno Piloto, que, caso se confirmem as suspeitas de rotura de ligamentos no joelho direito, deverá ficar afastado dos relvados por prazo prolongado. Para já, os primeiros exames revelam um entorse, mas o jogador continua em exames de avaliação. «É um jogador que tem sido importantíssimo para nós, fundamental no nosso trabalho em grupo, e é uma pena, principalmente para ele, se forem confirmadas as indicações. Será a segunda lesão complicada em três anos. É triste, mas faz parte do futebol», lamenta Faquirá.