Os «pupilos» de Quique Flores estiveram absolutamente desastrados no capítulo defensivo e nunca foram capazes de travar Diogo, Belluschi, Galletti e companhia. O objectivo era conquistar o Olimpo, mas o que se viu foi um enorme trambolhão.
Quique Flores terá avisado a sua equipa de que era preciso controlar o ímpeto inicial do Olympiakos, mas por certo não esperaria sofrer o primeiro golo com apenas 39 segundos de jogo! Se até aqui o Benfica ainda não tinha tido tempo sequer para sentir «tremedeira», o golo de Galletti só veio acentuar o nervosismo.
Reyes ainda colocou a bola no fundo da baliza, aos nove minutos, na conversão de um livre, mas o árbitro da partida assinalou falta de Nuno Gomes, no coração da área. A história do jogo podia ter sido diferente, mas como a vida não é feita de hipóteses que não se concretizam, o que se viu mesmo foram trinta minutos em que o Benfica se limitou a ver jogar, ou melhor, a ver o Olympiakos marcar. Em termos defensivos foi um desastre completo. Aos 24 minutos já a equipa grega vencia por 3-0, com golos de Patsatzoglou e Diogo.
À passagem da meia-hora o Benfica lá decidiu aparecer em campo e pouco depois, na sequência de um canto de Reyes, David Luiz reduziu a diferença. A desvantagem ainda era considerável, mas a equipa portuguesa parecia disposta a lutar pelo jogo. Um segundo golo antes do intervalo iria relançar o jogo, mas acabaria por ser o Olympiakos a marcar novamente. Novo passe para as costas de Jorge Ribeiro (completamente perdido), e Galletti a cruzar para o golo de Belluschi (44m).
Com uma aposta nos mesmos, confirmou-se o cenário negro
Ao intervalo esperavam-se mexidas, mas Quique Flores decidiu manter a confiança no mesmo «onze». Posto isto, o Olympiakos acabou por aumentar a vantagem aos 54 minutos, com novo golo de Diogo, e novamente na sequência de uma jogada pelo lado esquerdo da defesa portuguesa.
Foi então que Quique decidiu mexer na equipa, mas as primeiras apostas foram Urreta e Balboa, o que deixa entender que, nesta altura, a preocupação do treinador já era gerir o plantel com vista a outros compromissos.
Depois do 5-1 o ritmo de jogo baixou, com ambas as equipas aparentemente conformadas com o resultado. Só a entrada de Kovacevic ainda agitou um pouco, mas Quim defendeu as duas ocasiões de que o avançado sérvio dispôs.
O 5-1 persistiu até final. Um resultado que deixa a equipa do Benfica com a confiança abalada, e mais do que isso, deixa a equipa portuguesa com as contas da Taça UEFA bem complicadas.
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Olympiakos-Benfica, 5-1 (ficha)