Detido preventivamente após interrogatório no Tribunal de Gondomar pela juíza de instrução criminal Ana Cláudia Nogueira, num processo dirigido pelo procurador do Ministério Público Carlos Teixeira, mas sob as seguintes medidas de coacção em virtude de alegados crimes de:

JOSÉ LUÍS OLIVEIRA, presidente do Gondomar Sport Clube (GSC) e vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar
- Pelo menos um crime de tráfico de influência, pelo menos 18 crimes de corrupção desportiva activa e pelo menos 15 crimes de corrupção activa para acto ilícito.
- Total de pelo menos 34 crimes (Pelo menos um de tráfico de influência, pelo menos 33 de corrupção activa).
- Medidas de coacção: Termo de identidade e residência e prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Custóias, no Porto.
(advogado: António Araújo Ramos)

Devolvidos à liberdade, entre quarta-feira e este domingo:

VALENTIM LOUREIRO, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), da Junta Metropolitana do Porto, da Sociedade Metro do Porto, SA, presidente
honorário do Boavista.
- 18 crimes de corrupção desportiva activa sob a forma de
cumplicidade (pena de prisão de um mês a três anos e quatro meses);
quatro crimes de tráfico de influências (de seis meses a cinco anos);
um crime de corrupção passiva para acto ilícito (de um a oito anos
para cada um dos crimes).
- Total de 23 crimes (18 de corrupção activa, quatro de tráfico de influências, um de corrupção passiva).
Medidas de coacção: caução de 250 mil euros, a ser depositada num banco até 14 de Maio; suspensão dos cargos na LPFP e na Metro do Porto; termo de identidade e residência; proibição de contacto com demais arguidos nos autos, com árbitros, observadores de árbitros ou assessores por qualquer meio (escrito, telefónico, informático ou outro)
(advogado: Lourenço Pinto)

LUÍS NUNES (da Silva), vogal do CA da FPF
- Sete crimes de corrupção desportiva activa, cinco em autoria e dois em cumplicidade, dois crimes de corrupção activa para acto ilícito, seis crimes de corrupção passiva para acto ilícito e um crime continuado de abuso de poder por instigação.
- Total de 16 crimes (nove de corrupção activa, seis de corrupção passiva e um crime continuado de abuso de poder).
- Medidas de coacção: termo de identidade e residência, suspensão do exercício da função de vogal do CA da FPF e proibição de contactos por qualquer meio (pessoal, escrito, telefónico, informático ou outro) com demais arguidos nos autos, com árbitros, observadores de árbitros ou assessores.

PEDRO SANHUDO, árbitro da Associação de Futebol (AF) do Porto
- Cinco crimes de corrupção desportiva activa, seis crimes de corrupção desportiva passiva e um crime por detenção ilegal de arma de defesa.
- Total de 12 crimes (cinco de corrupção activa, seis de corrupção passiva e um crime por detenção ilegal de arma de defesa.
- Medidas de coacção: termo de identidade e residência, suspensão do exercício da função de árbitro de futebol e proibição de contactos por qualquer meio (pessoal, escrito, telefónico, informático ou outro) com demais arguidos nos autos, com árbitros, observadores de árbitros ou assessores.

(Joaquim) CASTRO NEVES, director do departamento de futebol do GSC
- 15 crimes de corrupção desportiva activa (até quatro anos cada).
- Medidas de coacção termo de identidade e residência; proibição de contacto com demais arguidos nos autos, com árbitros, observadores de árbitros ou assessores e com o comerciante de ourivesaria António Fernandes Neves Ribeiro, por qualquer meio(escrito, telefónico, informático ou outro); obrigação de não frequentar campos de futebol, incluindo instalações de apoio e bancadas do Gondomar SC.
(Continua)