Ponto por Ponto é um espaço de Opinião quinzenal do jornalista Vítor Hugo Alvarenga. Baseando-se no sistema de classificação utilizado pelo Maisfutebol, destaca positiva ou negativamente figuras do panorama desportivo:

5 pontos: Ronaldo e os seus

2016 não foi o melhor ano da carreira de Cristiano Ronaldo a título individual. O embaixador português já fez mais por si sem ter o devido acompanhamento. No ano passado, porém, provou-se que as maiores conquistas não são obra de um homem só. Ronaldo destaca-se igualmente pela capacidade para reconhecer isso mesmo. Desde logo pela importância que dá à família nos momentos de consagração, como aconteceu na Gala The Best, da FIFA. Mas não só. Ronaldo agradeceu em bom português aos companheiros de Selecao e do Real e teve um gesto bonito e justificado para com Fernando Santos. Ficou o sabor amargo pela distinção que o Engenheiro merecia.

4 pontos: A excelência de Jonas

Está de volta um dos melhores jogadores estrangeiros da história recente, se não de toda a historia, do Benfica. Jonas evoluiu ao longo dos anos, afirmando-se como um avançado de fino recorte, de excelência na leitura do jogo e dos seus momentos. Se o Benfica se manteve a frente dos adversários sem o seu baluarte, o que esperar de um líder com Jonas? A forma como antecipa e define os lances, transpirando confiança, só está ao alcance de algumas dezenas de jogadores por esse mundo fora. Felizmente, um deles anda pelos relvados portugueses. 

3 pontos: Seis craques com o DN

António Veloso à conversa com Nélson Semedo, Fernando Gomes com André Silva, Manuel Fernandes com Gelson Martins. Se perdeu este conceito brilhante do Diário de Notícias, apresentado a 1 de janeiro, aqui fica. Parabéns ao DN pela ideia, aos seis craques pela execução, aos clubes por terem percebido o alcance de tamanha iniciativa. O bom jornalismo torna-se mais fácil quando nos é permitido o acesso pleno aos principais protagonistas.

2 ponto: Os presidentes e as arbitragens

Dias de tempestade em torno da arbitragem portuguesa. A reunião com os clubes na Cidade do Futebol foi bem pensada e executada. Tornou-se essencial nesta fase. Passo positivo em direção à pacificação possível num cenário de imensas dificuldades. Lamenta-se porém a ausência dos presidentes dos 'grandes' no local indicado para discutir as questões de fundo. Para além disso, os árbitros e as competições mereciam maior proteção na praça pública: nesse aspeto, esperava mais de José Fontelas Gomes (presidente do Conselho de Arbitragem da Federacao), Fernando Gomes (presidente da Federacao) e Pedro Proença (presidente da Liga).

1 pontos: O Barcelona em Barcelona

Não faltam exemplos de mau perder e eles chegam até de um nível altíssimo, a justificar crítica à medida. Por mais que o argumento tenha sido a preparação para a Taça do Rei, a não comparência do plantel do Barcelona na Gala The Best da FIFA foi deselegante e desagradável. Foi feia, aliás. Não ficou bem a Messi e aos pares. Menos mal, salvou-se a Taca do Rei