No sábado, Juventus e Barcelona deram-nos uma das grandes finais da Liga dos Campeões dos últimos anos. Menos de 24 horas depois, Stan Wawrinka e Novak Djokovic proporcionaram uma das melhores finais de um Grand Slam de que há memória recente. Entre uma coisa e outra, ao longo destes dois dias, as equipas de futsal de Benfica e Sporting foram dando corpo a uma final empolgante, que prossegue na próxima semana.

Lá bem longe, na Nova Zelândia, a seleção de sub-20 vai somando vitórias e golos no Mundial, ao mesmo tempo que alguns dos seus melhores jogadores vão deixando cartões de visita a reclamar atenção – diabos me levem se André Silva não é o melhor projeto de ponta de lança que vi com a camisola das seleções jovens de Portugal nas últimas duas décadas, pelo menos.

Por cá, Rui Jorge gere a crise de abundância nos sub-21, sendo obrigado a cortar dois nomes – Bruno Fernandes e Rúben Pinto - numa lista para o Europeu cuja qualidade e consistência dão asas ao sonho. No vértice desta pirâmide, a seleção principal, com Fernando Santos ao leme, ainda que novamente ausente do banco, parte para a Arménia, com passagem pela Geórgia, com o objetivo assumido de conciliar os resultados - que já tem - com a exibição convincente - que ainda procura e que se anuncia para o próximo sábado.

Tiago Monteiro e Miguel Oliveira vão conseguindo vitórias lá por fora. A seleção masculina de andebol luta ainda por um lugar no campeonato da Europa. Há um Mundial feminino a decorrer. A Copa América está aí à porta, e vai ser transmitida na íntegra, na TVI e na TVI24. Ainda antes do fim do mês virá o torneio de Wimbledon, a coincidir com o final do Europeu de sub-21. 

A lista não precisava de acabar aqui, mas não quero ser demasiado fastidioso a enumerar ingredientes que dão expressão prática ao mote do 15º aniversário do Maisfutebol: « paixão pura». Porque, no fundo, este texto tem apenas dois objetivos: primeiro, lembrar que o fim da época futebolística de clubes pode - e deve - ser aproveitado para abrirmos horizontes no tipo de desporto que consumimos. Segundo, demonstrar que, mesmo nesta enxurrada de opiniões ensurdecedoras e definitivas sobre o tema do momento, é perfeitamente possível escrever uma crónica sem recorrer aos nomes de Jorge Jesus, Bruno de Carvalho, Marco Silva ou Luís Filipe V... oh, bolas! Foi quase...