Este é o preciso momento em que Michael Corleone, no terceiro capítulo do
Padrinho, é informado de que, depois das promessas e das belas declarações de intenções comuns, nem sequer na II Liga a centralização dos direitos televisivos tem condições para avançar no futebol português.
Este, por sua vez, é o registo dos vários momentos em que Silvio Dante, nos
Sopranos, é sucessivamente informado de novos desenvolvimentos no bate-boca entre Jorge Jesus e Rui Vitória. Culminando, neste domingo, com o técnico do Sporting a diluir uma das reviravoltas mais importantes da sua carreira – e no trajeto dos leões nos últimos anos - na sua particular medição de apêndices com o homólogo do Benfica.
Por fim, este é o preciso momento em que George Costanza, no
Seinfeld, toma conhecimento de que o jogo entre o Nacional e o Benfica foi suspenso devido ao nevoeiro, depois de já ter recebido notícias semelhantes a propósito do União-Benfica e do Nacional-FC Porto.
Repetitivos? Talvez não: reparem na ampla variedade de registos. Começa-se com questões sérias, em tom dramático, mas desliza-se depois para uma pequena farsa de egos insuflados até se chegar rapidamente à paródia, pura e simples. A bola lá vai rolando, mas há pouca disponibilidade para reparar nisso, neste futebol português em modo Globos de Ouro.
Opinião
A sua revista digital
11 jan 2016, 09:36
O futebol português em modo Globos de Ouro
Do drama à paródia, três formas de dizer a mesma frase
Do drama à paródia, três formas de dizer a mesma frase
25 de Abril 25 DE ABRIL, 50 ANOS: Norton de Matos finta o regime e abraça a liberdade em Coimbra
NOTÍCIAS MAIS LIDAS