O ano de 2024 já entrou no terceiro (!) mês, mas o atual campeão Benfica, diferentemente da temporada passada, continua sem uma cara. Sem uma identidade própria. Está à deriva num mar revolto.

Para Roger Schmidt, a equipe encarnada é 'imprevisível'. Para mim, o que existe mesmo é uma total previsibilidade. Uma cada vez mais óbvia batalha para mascarar uma falsa gestão para não ferir alguns egos.

Especialmente três (!) estão ao barulho. João Mário joga sempre. David Neres precisa jogar sempre. Aursnes sempre é a solução. Sempre há uma mudança (quase sempre discutível), quase como se fosse para 'satisfazer' algo, alguém ou alguma coisa.

Rafa e Di María justamente são os indiscutíveis. Em contrapartida, e nem deveria ser por isso, há o 'sacrifício' de três (!) atacantes de área que, juntos, custaram quase 50 milhões de euros. Bizarramente todos começaram na reserva diante do Sporting.

Mais bizarro ainda, convenhamos, é contratar três (!) laterais-esquerdos numa mesma temporada, mas insistir em improvisados. Jurasek chegou e foi embora. Bernat talvez nem saiba porque veio. Carreras surgiu para esquentar o banco.

Com um futebol irrisório, uma gestão danosa e, não menos importante, um rival altamente mais bem postado para levar o título nacional, Roger Schmidt vai seguir para cumprir uma terceira (!) temporada na Luz? Não acredito. Possivelmente, nem ele.

*Bruno Andrade escreve a sua opinião em Português do Brasil