Num ápice ficamos a saber que duas das principais figuras da presente Liga lusa não continuarão por cá na nova temporada. Bruno de Carvalho - que se desdobrou em entrevistas mal cumpriu o (mal aplicado, ao que parece) castigo depois das confusões no túnel de Alvalade com um responsável do Gil Vicente – garantiu aos sportinguistas que Nani está de volta ao Manchester United, embora seja cedo para se poder garantir que vai fazer parte dos eleitos de Van Gaal.

Depois, numa jogada sem precedentes na história do clube, pois nos dois meses que nos separam do termo das competições ainda há muita coisa em discussão, o FC Porto deu por concluído o processo de transferência de Danilo para o Real Madrid. Em certos círculos garante-se que os madrilenos tiveram de se antecipar a outros candidatos à contratação do excelente brasileiro. Mas parece mais provável que, não abundando dinheiro no Dragão, (20 milhões de euros de aumento na massa salarial é obra!!!) foi esta a melhor maneira de manter os portistas a cobro de qualquer surpresa desagradável.

Perante cenário tão aborrecido para quem gosta de futebol, a questão que deve ser colocada é a seguinte: quem se seguirá a Nani e Danilo? Acreditamos que uma boa meia-dúzia seguirá o mesmo caminho. É óbvio que a qualidade baixará, a competitividade será ainda mais diminuta aumentando o fosso entre Benfica e FC Porto e os restantes. Mas, em boa verdade, não nos poderemos admirar se nomes como os de Gaitán, Salvio, Oliver Torres, Jackson Martinez, Casemiro, Alex Sandro, William Carvalho, Adrien, Rui Patrício ou Montero (sem esquecer que André Simões, ainda no Moreirense, já é jogador dos gregos do AEK) vierem a fazer as delícias de outros adeptos.

A viver desde há muito acima das suas possibilidades, os clubes já perceberam que têm de descer à terra e preparar presente e futuro de outra forma. Sim, o campeonato português é uma das melhores placas giratórias mundiais, mas como até os mais jovens estrangeiros de qualidade já custam fortunas a solução tem de ser outra. É claro que a formação é a principal, mas nem todos estão interessados em investir nesse procedimento. Muito menos em diminuir o buraco em que se encontram, mesmo que seja para lá de 500 milhões de euros.  Peanuts diria o outro…
 
PS: Muita gente julgava Ronaldo acabado. Puro engano! Os cinco golos frente ao Granada, numa bela manhã de Sol, foram a resposta aos que o julgavam morto. Aliás, já no clássico do Camp Nou CR7 tinha deixado perceber que estava a voltar ao normal… Por falar em normal: é verdade que não tem motivos para estar preocupado uma vez que trabalha no Manchester City, mas estará Manuel Pellegrini no seu perfeito juízo? Proferir esta frase depois da derrota frente ao fenomenal Crystal Palace é de campeão…