1. Uma vitória para começar

A 13 de agosto, em Tondela, o Benfica estreia-se com uma vitória por 2-0. Numa espécie de projeção do que ia ser a época, o onze começa o campeonato sem Jonas, que estava lesionado. Gonçalo Guedes é o eleito para jogar ao lado de Mitroglou, numa altura em que Pizzi ainda era extremo direito. André Horta, nos descontos, sentencia um triunfo que o golo de Lisandro Lopez não deixava seguro e que obrigou o Benfica a suar muito para conseguir. Mas o mais importante foi conseguido e o campeão arranca no primeiro lugar.

2. O primeiro tropeção da temporada

À segunda jornada, o primeiro tropeção. Na receção ao V. Setúbal, o campeão esteve a perder durante vinte minutos, desde que Frederico Venâncio inaugurou o marcador já na segunda parte. A desvantagem durou até aos dez minutos finais, altura em que um penálti de Raul Jimenez estabeleceu um mal menor. O Sporting e o FC Porto venceram em Paços de Ferreira e em casa o Estoril, respetivamente, pelo que o Benfica caía para a terceira posição e ficava assim dois pontos atrás dos eternos rivais, FC Porto e Sporting.

3. A liderança à quinta jornada

Tal como tinha acontecido no segundo título da caminhada para o tetra, na altura ainda com Jorge Jesus ao comando, o Benfica chegou à liderança à quinta jornada e nunca mais a perdeu. Aconteceu a 19 de setembro: dois golos de Mitroglou e um de Pizzi garantiram o triunfo sobre o Sp. Braga (3-1) em casa, um triunfo que o golo de Rosic nos descontos não ameaçou. Mais do que isso, garantiram o primeiro lugar. Isto porque o Sporting tinha perdido no dia anterior em Vila de Conde, curiosamente pelos mesmos números (1-3).

4. Lisandro Lopez salva o clássico

O Sporting empata em Guimarães, o FC Porto empata em Setúbal e o Benfica chega ao clássico no Dragão, à décima jornada, com cinco pontos de vantagem no primeiro lugar. Um golo de Lisandro Lopez aos 92 minutos garante o empate (1-1) do campeão no último fôlego, depois de Diogo Jota inaugurar o marcador logo no regresso dos balneários. O Benfica sai incólume do no Dragão, realizado a 6 de novembro, e mantém os cinco pontos de avanço sobre o segundo lugar, que passa a ser repartido por FC Porto e Sporting.

5. A primeira derrota surge na Madeira

Dezembro começou mal.  Numa altura crítica da época, com jogos de quatro em quatro dias, o Benfica visitou a Madeira, para defrontar o Marítimo, e trouxe a primeira derrota do campeonato. Maurício, a 20 minutos do fim, depois de Gharzaryan e Nelson Semedo, fez o golo que fixou o 2-1 final e permitiu ao Sporting ficar a dois pontos de distância. O Benfica ainda não tinha Jonas e também não teve Grimaldo ou Eliseu: foi André Almeida o lateral esquerdo. Quatro dias depois, já agora, voltou a perder, em casa com o Nápoles.

6. Dérbi pintado de encarnado

Uma semana depois da derrota na Madeira, e com o Sporting a apenas dois pontos, houve um dérbi que valia a liderança. Na Luz, o Benfica impôs-se com golos de Salvio e Raul Jimenez, ao qual respondeu Bas Dost fazendo o 2-1 final. O campeão reagiu bem à derrota na Madeira, num jogo em que Mitroglou ficou no banco por troca com Raul Jimenez e em que Rafa foi surpresa na esquerda do ataque. Com isso distanciou-se na liderança: o FC Porto passou a ser o rival mais próximo, a quatro pontos de distância.

7. Outra vez o V. Setúbal?

Depois do início de dezembro, o segundo período crítico do Benfica chegou em janeiro: na visita a Setúbal, o fim de janeiro, um golo de Zé Manuel fez o resultado, dois dias após o FC Porto ter vencido no Estoril por 2-1. O campeão ficou com apenas um ponto de avanço sobre os dragões, portanto. Tudo isto, repita-se, numa altura crítica, com duas derrotas seguidas, à semelhança do que tinha sucedido em dezembro: desta vez aconteceu primeiro com o Moreirense para a Taça da Liga, depois em Setúbal, para a Liga.

8. O clássico que deixou tudo na mesma

Após sete jogos em que nenhum dos dois rivais foi melhor do que a outra, somando seis triunfos e um empate cada uma, e mantendo dessa forma sempre um ponto de distância entre ambos, o Estádio da Luz recebeu o clássico da 27ª jornada que valia a liderança numa fase decisiva da temporada. Jonas, de penálti, e Maxi Pereira fizeram os golos do empate (1-1), num jogo em que Casillas foi enorme: evitou pelo menos dois golos ao Benfica. O resultado deixou tudo na mesma, e o campeão com um ponto de avanço.

9. Lindelof salva o dérbi

Depois do clássico, o FC Porto tropeça em Braga, num empate que deixa os dragões a três pontos do Benfica. O campeão chega por isso a Alvalade com uma boa almofada de conforto, mas sem espaço para um grande tropeção. O dérbi disputa-se a 22 de abril, em jogo da 30ª jornada, Adrien coloca os leões na frente e Lindelof, na execução perfeita de um livre, estabelece o empate (1-1). No dia a seguir o FC Porto não consegue melhor, empata em casa com o Feirense, e mantém tudo igual: o campeão mais perto do título.

10. O país inteiro a gritar «Campeão»

Depois do Benfica, também o FC Porto não sai incólume dos Barreiros: os encarnados perderam, os dragões empataram. Certo é que a duas jornadas do fim o campeão tinha cinco pontos de avanço e dois jogos para garantir uma vitória que valesse o título de campeão. Ora não foi preciso esperar muito: este sábado, na receção ao V. Guimarães, o Estádio da Luz cobriu-se de vermelho para ver a equipa vencer e com isso soltar o grito que inundou o país. «Campeão», ouviu-se. Trinta e seis vezes campeão.