Junior e Pedrinha
Jogaram lado a lado numa tarde de maior sacrifício devido à ausência de Paulo Sousa, vendo-se obrigados a gastar mais energias em tarefas defensivas. Talvez também por isso, porque jogaram mais recuados, tiveram mais espaço pela frente e puderam fazer o que melhor sabem, distribuir o jogo em passes bem medidos. Foram a alavanca do P. Ferreira, dominando o meio-campo defensivo e distribuindo o futebol para os avançados. De cabeça levantada e rapidez de execução, conseguiram alguns movimentos bem delineados e que empurraram a equipa para a frente.
Ruben Amorim
O melhor do Belenenses. Pelo grande golo que marcou, antes de tudo o resto, mas também pela ponderação com que atacou e defendeu em movimentos pendulares e muito bem pensados. Nunca deixou o seu espaço vazio, soube quando arriscar, recuperou várias vezes a bola, foi lesto a entregar o jogo e apareceu várias vezes em zonas de finalização. Numa delas arrancou um remate potentíssimo e cheio de colocação para o golo que trouxe a tranquilidade à equipa. Logo a seguir, em mais um remate de fora da área, voltou a ameaçar marcar, mas Pedro opôs-se bem.
Edson
Continua muito longe do extremo rápido e incisivo das primeiras jornada do campeonato, mas esta tarde conseguiu recuperar um pouco de tudo o que de melhor fez nessa altura. Esteve mais expedito com a bola, por exemplo, complicou menos e voltou a jogar para a equipa. Talvez por isso tenha marcado o golo pacense logo a abrir o jogo e tenha estado na melhor oportunidade para além desse golo, quando lançou Rui Dolores para um remate que podia ter terminado nas redes.
Júnior Bahia
Começou o jogo nas costas de Didi, no apoio aos três homens da frente e como médio mais ofensivo, uma posição que releva tudo o que o brasileiro tem de melhor, visão de jogo, controlo de bola, capacidade técnica e qualidade para jogar em espaços reduzidos. Durante esse período foi dos melhores da equipa, como o prova a jogada em que fabricou todo o primeiro golo e o ofereceu depois a Edson. Na segunda descaiu para a direita e desapareceu um pouco de jogo.
Geraldo
Regressou à titularidade devido ao castigo Luiz Carlos e mostrou que não era por ali que o P. Ferreira devia lamentar a ausência do brasileiro. Menos exuberante do que em outras vezes, mas talvez mais concentrado, limpou todo o seu raio de acção com uma capacidade admirável, não dando espaço a qualquer um dos avançados que lhe apareceu pela frente. Jogando nas dobras, sem ter de marcar ninguém individualmente, foi várias vezes de uma importância fundamental.